UE deve atender a "constrangimentos" e "potencialidades" das RUP
UE/Presidência
17 de mai. de 2021, 15:16
— Lusa/AO Online
A
UE não só deve “atender aos constrangimentos” das Regiões
Ultraperiféricas (RUP), como também deve procurar “valorizar as suas
potencialidades", defendeu o governante, apontando para o crescimento da
importância da "economia do espaço, da economia do mar e da economia
verde".Enquanto presidente da Conferência
dos Presidentes das RUP, José Manuel Bolieiro assegurou que irá
sensibilizar a UE para a importância destas regiões no contexto europeu e
no âmbito das políticas comuns, “que devem naturalmente atender às
especificidades” das RUP.“A participação
das RUP [nesta reunião] é a forma de nos fazermos ouvir, reclamando
atenção especial para os constrangimentos, proclamando oportunidades
para o potencial que estas regiões marítimas têm para o contexto da
Europa no planeta”, vincou, em declarações aos jornalistas à entrada
para a reunião informal dos ministros dos Assuntos Europeus, a decorrer
em Coimbra.A comissária europeia para a
Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, também sublinhou a importância das
RUP, onde vivem cinco milhões de pessoas, para um “futuro mais coeso” da
UE, ideia expressa igualmente pela secretária de Estado dos Assuntos
Europeus, Ana Paula Zacarias, que sublinhou a relevância de “integrar”
estas regiões na visão do bloco europeu para o futuro.A
UE inclui nove Regiões Ultraperiféricas: os Açores, a Madeira e a
Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, Maiote, Reunião e São Martinho
(França), e ilhas Canárias (Espanha).Os
ministros dos Assuntos Europeus debatem, esta segunda-feira, o papel das RUP na UE
enquanto "laboratórios para o futuro", que permitam ‘aprender lições’
com projetos em áreas como "sustentabilidade", "transição digital" e
"juventude".