UE aumenta orçamento para ajuda humanitária em 2023 para 1,7 mil ME
18 de jan. de 2023, 13:07
— Lusa/AO Online
Em comunicado, o executivo
comunitário especifica de que modo será atribuída a ajuda humanitária da
UE em 2023, revelando que mais de 500 milhões de euros destinar-se-ão a
África, incluindo 181,5 milhões de euros para apoiar os afetados pelo
conflitos, insegurança, deslocação forçada e choques climáticos no Sahel
(Burquina Faso, Mali, Mauritânia e Níger), República Centro-Africana e
bacia do Lago Chade (Chade, Camarões e Nigéria).Bruxelas
sublinha que as crises nestas regiões “resultam em deslocações em
grande escala, perturbação dos meios de subsistência e falta de acesso a
serviços básicos” e fazem "aumentar a nível mundial as necessidades
humanitárias".A UE destinou 330,7 milhões
de euros a programas na África Oriental e Austral “para responder às
necessidades das populações afetadas por conflitos a longo prazo na
República Democrática do Congo e das pessoas deslocadas pelas alterações
climáticas e conflitos armados no Sudão, Sul do Sudão, Uganda e Corno
de África (Jibuti, Etiópia, Quénia e Etiópia)”.O
orçamento para ajuda humanitária da UE em 2023 contempla ainda 382,2
milhões de euros para o Médio Oriente e Norte de África, “para fazer
face à crise regional em curso no Iémen, Síria e países vizinhos, bem
como à situação crítica dos refugiados sarauís”.Quase
208 milhões de euros destinam-se ao sudeste da Europa e aos países
vizinhos europeus, “abordando principalmente as consequências da guerra
de agressão da Rússia na Ucrânia, bem como o financiamento de projetos
para as necessidades em curso nos Balcãs Ocidentais, no Cáucaso, e os
efeitos da crise da Síria na Turquia”.O
pacote de financiamento prevê ainda 237 milhões de euros em assistência
humanitária que “ajudarão as populações mais vulneráveis da Ásia e da
América Latina”, sendo que, na Ásia, “o financiamento irá abordar as
crises do Afeganistão e Rohingya (Bangladesh e Myanmar), bem como o
impacto das alterações climáticas na região”. “Na
América Latina e nas Caraíbas, a UE continuará a apoiar o impacto da
crise na Venezuela, as consequências humanitárias dos conflitos armados
na Colômbia, bem como a violência generalizada no Haiti, e na América
Central e no México”, prossegue Bruxelas.Por
fim, 141,5 milhões de euros serão utilizados para “responder a
emergências repentinas em 2023”, 122 milhões de euros são reservados
para “crises humanitárias imprevistas que podem surgir ao longo do ano”,
e 108,2 milhões de euros serão destinados a “atividades horizontais,
projetos inovadores e iniciativas políticas”.“As
necessidades humanitárias estão a aumentar vertiginosamente. A guerra
de agressão da Rússia contra a Ucrânia veio agravar dramaticamente a
situação. Atualmente, o número de pessoas que necessitam de assistência
para salvar vidas em todo o mundo é superior ao da população dos Estados
Unidos”, comentou hoje o comissário europeu responsável pela gestão de
crises, Janez Lenarcic.A União Europeia
tem prestado ajuda humanitária desde 1992 em mais de 110 países. No ano
passado, o orçamento do bloco comunitário para a sua ajuda humanitária
era de 1,5 mil milhões de euros.