UE alarga sanções a mais 28 apoiantes do regime da Bielorrússia

5 de ago. de 2024, 12:14 — Lusa/AO Online

O novo grupo de visados pelas sanções do bloco europeu inclui dois chefes-adjuntos do Departamento Principal de Combate ao Crime Organizado e à Corrupção (Hubazik) do Ministério dos Assuntos Internos da Bielorrússia.O Hubazik é um dos principais organismos responsáveis pela perseguição política no país, nomeadamente pelas detenções arbitrárias e ilegais e pelos maus tratos, incluindo tortura, de ativistas e membros da sociedade civil.As sanções passam ainda a incluir diversos membros do sistema judicial, incluindo juízes e procuradores que proferiram sentenças com motivações políticas, incluindo contra cidadãos que contestaram publicamente as eleições presidenciais de 2020, classificadas pela oposição e Ocidente como fraudulentas, e o regime de Minsk.Uma série de apoiantes do Presidente Alexandre Lukashenko que beneficiaram do regime são também visados nesta lista de 28 pessoas, incluindo a diretora-geral da maior agência de notícias estatal BeITA, Irina Akulovich, e o ex-responsável pelo serviço de imprensa e ex-responsável da agência, Dzmitry Zhuk.No total, as medidas restritivas da UE contra a Bielorrússia aplicam-se atualmente a 261 pessoas e 37 entidades.As pessoas hoje designadas estão sujeitas a um congelamento de bens na UE e os cidadãos e empresas do bloco comunitário estão proibidos de lhes disponibilizar fundos.As pessoas singulares estão ainda sujeitas a uma proibição de viajar, que as impede de entrar ou transitar pelos territórios da UE.Desde agosto de 2020, a UE impôs várias rondas sucessivas de sanções individuais e setoriais contra os responsáveis pela repressão interna e pelas violações dos direitos humanos na Bielorrússia, e no contexto do envolvimento do regime bielorrusso, um reconhecido aliado de Moscovo, na guerra da Rússia contra a Ucrânia.