Ucranianos e norte-americanos vão reunir-se na Suíça para discutir plano de Trump
Ucrânia
Hoje 13:40
— Lusa/AO Online
"Nos próximos
dias, na Suíça, vai ser lançada uma consulta entre altos responsáveis
ucranianos e norte-americanos sobre os parâmetros possíveis para um
futuro acordo de paz", anunciou hoje Rustem Umerov, chefe do Conselho de
Segurança da Ucrânia, na rede social Facebook, citado pela agência de
notícias AFP.O Presidente ucraniano,
Volodymyr Zelensky, assinou um decreto que constitui a delegação que
será responsável por participar nas negociações com Washington e, no
futuro, com Moscovo.Esta delegação será
liderada pelo chefe do Gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, e incluirá,
entre outros, Rustem Umerov, os chefes dos serviços de segurança e de
informações e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas. Será uma
delegação essencialmente militar.O plano
de 28 pontos elaborado pelo Governo do Presidente norte-americano,
Donald Trump, é visto com grande preocupação em Kiev, pois incorpora
várias exigências russas importantes: a Ucrânia ceder território,
aceitar uma redução do seu Exército e renunciar à adesão à NATO. No entanto, oferece a Kiev garantias de segurança do ocidente para evitar quaisquer novos ataques russos. O
Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, havia rejeitado na
sexta-feira o plano, que Donald Trump e Vladimir Putin o estão a
pressionar para aceitar, afirmando que iria propor "alternativas" aos
norte-americanos. Donald Trump deu à
Ucrânia até 27 de novembro, Dia de Ação de Graças, para responder às
soluções propostas pelos norte-americanos. "Terão
de gostar, e se não gostarem, bem, já sabem, podem simplesmente
continuar a lutar", declarou o líder norte-americano na televisão.O
Presidente russo, Vladimir Putin, por sua vez, afirmou na sexta-feira
que o texto norte-americano "poderá servir de base para uma solução
final e pacífica" do conflito que começou em 2022. Putin disse estar pronto para "uma discussão completa de todos os detalhes" do texto elaborado por Washington.Em
caso de rejeição por parte da Ucrânia, Putin ameaçou continuar os
ganhos territoriais na frente de batalha, onde o seu Exército detém a
vantagem.Perante esta dupla pressão dos
Estados Unidos e da Rússia, Zelensky iniciou também consultas com os
seus principais aliados na Europa.