Autor: Lusa
O exército russo disse ter intercetado um total de 112 'drones' lançados pela Ucrânia durante a noite.
Uma das vítimas mortais era "um homem idoso" da região de Samara, a cerca de 800 quilómetros da fronteira ucraniana, de acordo com o governador regional Viatcheslav Fedorichtchev.
"Estava dentro de uma casa de campo que pegou fogo devido à queda de destroços de 'drones'", escreveu o responsável na plataforma Telegram.
Na região de Penza, localizada entre Samara e a fronteira com a Ucrânia, "os 'drones' do inimigo atacaram mais uma vez uma empresa", disse o governador Oleg Melnitchenko.
"Infelizmente, uma mulher morreu. Duas outras pessoas ficaram feridas", mas não correm perigo de vida, continuou.
Na região de Rostov, na fronteira com a Ucrânia, "o exército repeliu um ataque maciço durante a noite, destruindo 'drones'" sobre várias cidades, escreveu o governador Iouri Slioussar no Telegram.
"Na aldeia de Ouglerodovski, no distrito de Krasnosoulinski, deflagrou um incêndio num dos edifícios de um complexo industrial", acrescentou, notando que "um funcionário que guardava o local morreu".
As forças armadas russas nunca lançaram tantos 'drones' contra a Ucrânia como em julho (6.297), de acordo com uma análise da agência France-Presse, publicada na sexta-feira.
O Kremlin rejeita a ideia de um cessar-fogo duradouro na Ucrânia, que vê como um presente para as tropas de Kiev, apesar da frustração expressa pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, face a esta recusa.
A Ucrânia reclama sistemas de defesa antiaérea aos aliados europeus e espera, em particular, poder obter baterias modernas Patriot.
Na sexta-feira, Trump ordenou o envio de dois submarinos nucleares em resposta aos "comentários provocatórios" do ex-Presidente russo Dmitri Medvedev.
Medvedev criticou duramente o Presidente norte-americano, mencionando "a famosa mão morta" - uma referência a um sistema automatizado ultrassecreto criado durante a Guerra Fria para controlar o arsenal nuclear da Rússia.
Numa mensagem na rede social X a 28 de julho, o antigo governante russo, atual 'número dois' do Conselho de Segurança da Rússia, afirmou que cada novo ultimato estabelecido por Donald Trump para acabar com a guerra na Ucrânia "era uma ameaça e um passo para a guerra" com os Estados Unidos.
Medvedev acrescentou que a Rússia “não era Israel, nem tão pouco o Irão”.