Autor: Lusa
"Rejeitamos categoricamente os ataques que o regime russo tem feito nestes últimos dias em cidades ucranianas. Todos os ataques são agressões inaceitáveis e com uma grande desproporção”, sublinhou Paulo Rangel, numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo alemão, Johann Wadephul, que se encontra de visita a Lisboa.
“Estaremos sempre do lado do direito internacional e isso significa condenar a Rússia e apoiar o esforço que a Europa, a União Europeia, o Reino Unido, o Canadá, outros países, os Estados Unidos também e a NATO, em particular, tenham feito no sentido de respaldar a Ucrânia”, acrescentou.
Segundo Rangel, que se escusou a responder a um pedido para comentar as palavras do Presidente norte-americano sobre o homólogo russo - Donald Trump acusou Vladimir Putin de estar “completamente louco" - , Portugal tem participado na chamada 'Coligação dos Dispostos', que visa preparar o futuro e dar garantias de segurança à Ucrânia.
“Assinámos também um tratado de garantias de segurança com a Ucrânia com o presidente [Volodymyr] Zelensky aqui em Portugal em maio do ano passado e apoiamos completamente todos os esforços da União Europeia e do Reino Unido em particular, que tem estado aqui sempre, do Canadá também, sempre ao lado da Ucrânia e da NATO e vamos manter isso”, insistiu.
Sobre os compromissos dos gastos com Defesa, Rangel lembrou que Portugal é um membro fundador da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e garantiu que os vai cumprir.
“Obviamente que há aqui duas etapas, uma etapa é a etapa dos 2% [do produto interno bruto], em que Portugal não estava ainda no nível que é exigível para os países da NATO. Além disso, temos depois esta proposta dos 5%, mas, como sabe, o secretário-geral, Mark Rutte, dividiu isso em 3,5%, que será justamente de investimento na defesa no sentido mais clássico e tradicional do termo, e depois 1,5% em infraestruturas”, especificou.
“Isto significa estradas, portos, aeroportos, muitas delas são estruturas, no fundo, de duplo uso, isto é, infraestruturas críticas para cada Estado, mas, num tempo em que os riscos são maiores, têm de estar preparados para outras eventualidades”, concluiu.