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UAc aposta em programas que visam sucesso académico

Universidade dos Açores implementa três programas que se focam no abandono escolar, saúde mental e inovação pedagógica, com o intuito de promover o sucesso dos estudantes da academia açoriana


Autor: Carlota Pimentel

Programa de Promoção de Sucesso e Redução de Abandono no Ensino Superior, programa para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior, Centro de Excelência para a Inovação Pedagógica (SAPIEN – South and Atlantic Pedagogical Innovation & Excelence Network). São os três programas que a Universidade dosAçores (UAc) está a desenvolver com o objetivo de “promover o sucesso dos nossos alunos”, afirma Adolfo Fialho, vice-reitor para os Estudantes, Bem-Estar e Comunicação Institucional. 

Ao Açoriano Oriental, o docente explica que no âmbito do programa na área da promoção do sucesso e redução do abandono escolar -que já vai numa fase avançada -, foram criadas três linhas de atuação, dedicadas à inovação pedagógica, à promoção da saúde mental, e ao “acolhimento e integração dos estudantes”, sendo esta última “mais vocacionada para as questões de redução e prevenção do abandono escolar”.

Atendendo ao “aumento exponencial de pedidos de ajuda, do ponto de vista da saúde mental, que têm sido recorrentes a nível geral”, AdolfoFialho adianta que a UAc procurou investir nesta área “com muitas intervenções estruturadas nas residências, na universidade, para estudantes e colaboradores, docentes e não docentes”.

A este propósito, o vice-reitor realça a participação da psiquiatra Inês Homem de Melo, uma das grandes embaixadoras da saúde mental em Portugal, que veio a Ponta Delgada “fazer uma ação de sensibilização.” Conforme o professor, “foi uma iniciativa profundamente impactante”, com transmissão para os três campi, que contou com “mais de três centenas de participantes em São Miguel, Terceira e Faial".

Ainda no que toca ao projeto de promoção do sucesso e prevenção do abandono escolar, “avançámos com uma linha de formação específica na área da inovação pedagógica”, afirma Adolfo Fialho, acrescentando que “algumas parcerias (...) ajudaram a pensar num modelo de criação de recursos digitais, que vai ser útil para reforçar a inovação pedagógica e os recursos que são disponibilizados aos alunos".

Quanto ao Programa para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior, que está agora a ser iniciado,AdolfoFialho refere que “vai aprofundar o trabalho que temos vindo a desenvolver, em boa hora, no primeiro projeto".

“Vamos investir, acima de tudo, na identificação de situações e no trabalho de fortalecimento da saúde mental junto dos nossos estudantes. (...) Vamos criar um sistema de monitorização da saúde mental na UAc, que se vai basear no projeto de investigação que já está em curso”, explica.

De acordo com o docente, este projeto “tem supervisão científica de docentes do departamento de psicologia da UAc” que irão avaliar “a saúde mental dos nossos estudantes e trazer um conjunto de propostas para combater algumas situações identificadas”, frisa.

Relativamente ao último programa, designado SAPIEN, o docente da academia açoriana indica que a UAc tem dois pilares estratégicos identificados para a inovação pedagógica: “Por um lado, a atualização pedagógica e o desenvolvimento profissional dos docentes e, por  outro, a modernização das nossas instalações e equipamentos de apoio às atividades de ensino”.

“A nossa grande intenção é combinar os eixos de atuação destes três projetos, para que possamos, no fundo, cumprir a missão da universidade a nível do fortalecimento do conhecimento, da investigação (...)”, concluiu.

De referir que os programas de promoção de sucesso e redução de abandono escolar, e para a promoção da saúde mental são financiados pelo Orçamento doEstado e oSAPIEN é financiado pelo PRR.


Universidade dos Açores disponibiliza dois mestrados online

O Mestrado em Agricultura Biológica e Desenvolvimento Rural e o Mestrado em Filosofia para Crianças estão disponíveis “totalmente online".

Segundo Adolfo Fialho, a UAc está “a investir na oferta de cursos online, para dar resposta à descontinuidade geográfica do arquipélago”, de forma a “poder chegar a mais potenciais estudantes, em particular àqueles que vivem em ilhas onde não temos polos universitários ligados ao ensino”, elucida.