Autor: Ana Carvalho Melo
A Universidade dos Açores (UAc) recebe, na próxima sexta-feira, o VI Encontro dos Presidentes dos Conselhos Gerais das Universidades Públicas Portuguesas, ocasião em que promoverá a conferência “Educação - Novos Desígnios”.
Este encontro, de acordo com o presidente do Conselho Geral da Universidade dos Açores, Elias Pereira, “é sequência de outras reuniões nas demais Universidades e tem por objeto principal, além do mais, refletir e agir sobre o melhor contributo que os Conselhos Gerais podem conceder às instituições, no sentido de abertura à sociedade civil e de benefícios recíprocos para estudantes, professores e cidadãos”.
“Além deste móbil, há toda uma avaliação do impacto da legislação aplicável às instituições universitárias que exige uma visão sistémica do ensino superior a médio prazo. Em particular, não se olvida a avaliação da discussão de matérias, designadamente: a competência estratégica do Conselho Geral, a representatividade interna e o modo de cooptação dos membros externos do órgão, assim como o papel deste na eleição do Reitor”, revelou ao Açoriano Oriental.
Durante este encontro
realiza-se, às 9h30 no Anfiteatro VIII da UAc, a conferência “Educação –
Novos Desígnios”, que será “uma tentativa de reflexão sobre o maior
fracasso da autonomia, que conduziu à desconvergência com a Europa, em
quase todos os índices de avaliação”.
“O Conselho Geral pretende apenas proporcionar à sociedade civil a reflexão, pelo que convidámos as/os interessadas/os em estarem presentes no próximo dia 28 de junho, às 9h30 no Anfiteatro VIII da UAc, e que contará com as intervenções do Juiz Conselheiro Laborinho Lúcio, dos professores catedráticos: Francisco Peixoto e Brito Pacheco”, destacou Elias Pereiras, realçando: “A Educação é o motor de toda a dinâmica cultural, psicossocial, laboral e de ultrapassagem de fronteiras culturais, decisivas num mundo do algoritmo e da inteligência artificial”.
O presidente do Conselho Geral da Universidade dos Açores explica que a conferência “refletirá, além do mais, sobre a Escola e a sua envolvência, enquanto realidade dinâmica, como veiculo de criação, de cultura para um aluno polivalente em universo tecnológico”.
“A componente afetiva e sucesso escolar conectam com o bem-estar do aluno e beneficiariam de maior interação entre a família e a Escola para concretizar o princípio constitucional da igualdade. Há algumas décadas os nórdicos já tinham elegido esta prioridade do bem-estar emocional dos alunos”, realça.
Destaca ainda que “por outro lado, o tema da modernidade do ensino superior é um imperativo contemporâneo, mas que é vital para não ficarmos ainda mais longe da ciência e do conhecimento que nos impedem de ser iguais aos demais e que nos desvalorizam no contexto global”.
“Talvez sejam
temas que permitam refletir para ajudar os nossos filhos e netos e o seu
futuro, pelo que ficaríamos muito satisfeitos com a presença do maior
número de participantes interessados nesta temática”, advoga.