Tutela recomenda concentração de aulas por cada turma na reabertura das escolas
Covid-19
6 de mai. de 2020, 10:34
— Lusa/AO Online
Só os alunos do 11.º e 12.º
anos vão regressar às escolas, para aulas presenciais das disciplinas
com exame nacional, que devem ser concentradas sempre que possível,
durante o período da manhã ou da tarde, para evitar que cada turma tenha
tempos livres entre aulas.O documento da
Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) não define um
limite máximo no número de alunos por turma, mas prevê normas para a
disposição das salas de aula, que devem ser “amplas e arejadas”,
estabelecendo que cada secretária seja ocupada por apenas um aluno.No
caso de o número de alunos da turma e de as dimensões das salas
impossibilitarem o cumprimento desta regra, as escolas poderão dividir
as turmas e recorrer, para esse efeito, “a professores com
disponibilidade na sua componente letiva”.A
DGEstE prevê ainda que, “caso esta ou outra via não sejam viáveis, pode
ser reduzida até 50% a carga letiva das disciplinas lecionadas em
regime presencial, organizando-se momentos de trabalho autónomo nos
restantes tempos”.No caso de os docentes
destas disciplinas pertencerem “atestadamente” a um grupo de risco, as
escolas podem optar por redistribuir o serviço docente, contratar
professores ou “adotar outras estratégias que entendam ser mais
adequadas”.Além da concentração das aulas
de cada turma, a tutela aconselha também que sejam criados horários
desfasados entre as turmas e que as diferentes turmas sejam colocadas em
salas distanciadas entre si, de forma a evitar tanto quanto possível a
concentração de alunos, professores e de trabalhadores não-docentes.Já os intervalos entre aulas devem ser reduzidos ao máximo e durante estes períodos os alunos devem permanecer dentro das salas.Antes
da reabertura, as escolas deverão definir circuitos no interior dos
edifícios, desde a entrada até às salas de aula e também nos acessos aos
pavilhões, casas de banho e refeitórios, estando igualmente previstas
regras para a utilização destes últimos.Todos
os restantes espaços não necessários, como bares, salas de apoio ou
salas de convívio, permanecem encerrados durante este período, enquanto a
lotação das bibliotecas e salas de informática é reduzida para um
terço, com a identificação dos lugares disponíveis.As
escolas vão reabrir apenas para as aulas das disciplinas com oferta de
exame nacional, que os alunos do ensino regular, profissional e
artístico devem frequentar independentemente de virem a realizar os
respetivos exames. No entanto, como o ministro da Educação já tinha
adiantado, as faltas por “manifesta opção dos encarregados de educação”
serão justificadas.No caso dos cursos
profissionais e artísticos, também poderão ser retomadas as atividades
letivas e formativas presenciais das disciplinas práticas e dos
estágios, sempre que não seja possível assegurar a sua continuidade
remotamente, seja através do ensino a distância ou da prática simulada.Algumas
das normas de segurança para o regresso das aulas presenciais já tinham
sido conhecidas na quarta-feira, como a obrigatoriedade de utilizar
máscaras no interior da escola e a necessidade de desinfetar salas de
aula sempre que haja mudança de turma.No
entanto, até agora os diretores escolares continuavam a aguardar
orientações do Ministério da Educação para saber como reorganizar o
regresso às aulas, dentro de duas semanas.