Turismo praticamente parado em maio com perto de 150 mil hóspedes
15 de jul. de 2020, 11:01
— Lusa/AO Online
De acordo com o INE, as dormidas de residentes
recuaram 85,9% (-93,5% em abril) e as de não residentes decresceram
98,4% (-98,9% no mês anterior).Os proveitos totais registaram uma variação negativa de 97,2% (-98,5% em abril), fixando-se em 11,0 milhões de euros. Já os proveitos de aposento atingiram 9,6 milhões de euros, diminuindo 96,8% (-98,2% no mês anterior). Os
hóspedes e as dormidas mantiveram diminuições históricas, no período em
análise, com cerca de 70,4% dos estabelecimentos de alojamento
turístico encerrados ou sem registo de movimento de hóspedes (85,0% em
abril de 2020). As dormidas na hotelaria
(56,6% do total) diminuíram 96,8%, nos estabelecimentos de alojamento
local (peso de 36,4% do total) decresceram 87,7% e no turismo rural e de
habitação (quota de 7,1%) recuaram 86,2%. As
dormidas em ‘hostel’ registaram uma diminuição de 89,9% em maio,
representando 19,4% das dormidas em alojamento local e 7,1% do total de
dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico.Em
maio, registaram-se 228,1 mil dormidas de residentes (mercado interno
tem um peso de 74,3%), o que representou um decréscimo de 85,9% (-93,5%
em abril). Já as dormidas dos mercados externos diminuíram 98,4% (-98,9% no mês anterior) e atingiram as 78,9 mil. No
conjunto dos primeiros cinco meses do ano, verificou-se uma diminuição
de 59,6% das dormidas totais, resultante de variações negativas de 50,6%
nos residentes e de 63,2% nos não residentes.Os
principais mercados mantiveram reduções superiores a 90%, com as
maiores quedas a registarem-se nos mercados britânico, irlandês (-99,4%
em ambos), norte americano (-99,3%) e francês (-99,0%).Desde
o início do ano, todos os principais mercados registaram decréscimos,
com destaque para os mercados irlandês (-79,0%), belga (-71,3%), suíço
(-71,1%) e francês (-70,5%). Os mercados canadiano (-47,2%) e brasileiro (-51,0%) foram, entre os principais, os que registaram menores decréscimos.No
período em análise, todas as regiões registaram decréscimos das
dormidas superiores a 80%, com as maiores reduções a verificarem-se nos
Açores (-99,7%) e Madeira (-99,5%), com o Alentejo a registar a menor
diminuição (-84,3%).A região Norte
concentrou 27,8% das dormidas, seguindo-se a Área Metropolitana de
Lisboa (27,7%), o Centro (15,2%), o Algarve (15,1%) e o Alentejo
(13,0%). No conjunto dos estabelecimentos
de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível
(RevPAR) situou-se em 6,1 euros em maio, o que corresponde a um
decréscimo de 88,2% (-90,4% em abril).A
variação do RevPAR naquele mês situou-se em -89,8% na hotelaria, -80,4%
no alojamento local e -69,1% no turismo no espaço rural e de habitação.