Turismo de Portugal defende abertura com base no 'risco pessoa' e não no 'risco país'
Covid-19
5 de mai. de 2021, 15:45
— Lusa/AO Online
“Podíamos crescer mais se já
estivéssemos abertos ao Reino Unido, se já estivéssemos na lista verde e
se o Reino Unido pudesse também viajar para Portugal; se estivéssemos
abertos a mercados como os EUA, da mesma forma que estamos abertos para o
Brasil; se estivéssemos abertos para outros mercados, considerando que o
risco não deve nunca ser um ‘risco país’, mas sim um ‘risco pessoa’”,
sustentou Luís Araújo durante o ‘webinar’ (seminário ‘online’) de
lançamento da Revista de Tendências Turismo’21.Na
sua intervenção, o presidente do Turismo de Portugal rejeitou a opção
por quarentenas e a discriminação de países na lista de ligações aéreas
permitidas: “Não podemos ter quarentenas, não podemos discriminar
países. Temos de considerar que muitas das pessoas nesses países podem e
devem viajar ou porque estão vacinadas, ou porque estão imunes, ou
porque têm um teste”, sustentou.Luís
Araújo defendeu ainda que o país deve “pressionar para que os testes
antigénio seja aceites internacionalmente em substituição do PCR”: “Pela
competitividade que isso nos pode trazer, mas também pela facilidade e
simplicidade que vai dar à mobilidade de que tanto precisamos”, disse.Afirmando-se
“muito otimista quanto ao futuro”, Luís Araújo referiu que os ativos do
país “estão cá” e Portugal está “muito bem posicionado” face aos
concorrentes, beneficiando de uma “perceção muito positiva” a nível
internacional.“Todos fizemos de tudo, ao
longo deste ano, para transmitir confiança, ao nível público e privado.
Sabemos onde é que temos de apostar no futuro e há bons sinais daquilo
que vai acontecer”, sustentou, salientando o crescimento registado desde
fevereiro nas pesquisas ‘online’ (“muito alavancadas na procura
doméstica”) e a aprovação em tempo recorde do ‘digital green pass’ pela
Comissão Europeia para justificar a “confiança no ar a nível de reservas
e de procura”. “Mas – acrescentou - ainda
podíamos crescer mais e estamos num momento crítico para trazer este
assunto para cima da mesa. Temos de continuar a pressionar, porque este é
um momento crítico para reabrirmos a nossa atividade. É essencial que
nos deixem fazer o que melhor sabemos fazer, que é receber bem, e temos
de o fazer já”.