Autor: António Pina, Lusa / AO online
A primeira aparição pública, terça-feira, do líder da oposição e candidato presidencial desde o dia das eleições, no sábado, criou grande impacto na opinião pública do Zimbabué.
Tsvangirai colocou uma pressão quase insuportável sobre a Comissão Eleitoral Zimbabueana e rejeitou em absoluto a possibilidade de negociar com o presidente Robert Mugabe qualquer acordo de partilha do poder ou de renúncia do chefe de Estado.
A Comissão Eleitoral - que desde o fecho das urnas na noite de sábado, apenas divulgou cerca de dois terços dos resultados das legislativas, do senado e poderes locais - tem sido acusada por muitos de estar a atrasar a contagem e divulgação dos resultados para dar tempo ao regime de os viciar e está sob enorme pressão para anunciar o vencedor da corrida presidencial, que é, afinal, a mais importante delas todas.
Tsvangirai insistiu que aguardará pacientemente os resultados finais apurados pela Comissão, a quem reconheceu o papel mais importante em todo o processo, dizendo que por isso as suas palavras não constituem uma declaração de vitória.
Referindo-se à enorme tensão que se apoderou do eleitorado e à sua sede de mudança, o presidente do MDC optou por assumir uma postura de estado, dominada pela moderação e pela cautela, reafirmando que não defende o recurso à violência para forçar a aceleração do trabalho da Comissão e, eventualmente, o termo da "era Mugabe".
"Depois das eleições de 29 de Março, o Zimbabué nunca mais será o mesmo", disse Tsvangirai, saudando o eleitorado pelos sacrifícios feitos ao longo de muitos anos, sob o regime da ZANU-PF de Robert Mugabe.
Quando questionado se os números apurados pelo seu movimento lhe dão uma vitória à pimeira volta (mais de cinquenta por cento dos votos) ou o forçarão a uma segunda volta com o seu rival político, o líder do MDC respondeu que a sua vitória é "final e corresponde aos requisitos da lei eleitoral".
O líder da oposição declarou-se satisfeito por os números até agora apurados pela Comissão Eleitoral corresponderem na globalidade aos apurados pelo Movimento, o que constitui uma prova de confiança naqueles que têm a responsabilidade de manter o processo à prova de fraude.
Fonte da agência Lusa garante que Tsvangirai tem estado sob forte pressão dos seus colegas de partido e de alguns governos ocidentais para "colocar o povo nas ruas", com risco de cargas policiais e anarquia, como forma de pressionar a Comissão Eleitoral a divulgar os resultados das presidenciais e apressar a capitulação do presidente da República.
A via escolhida pelo candidato presidencial, salientam observadores locais, revela uma grande maturidade do homem que poderá suceder a Robert Mugabe na presidência do Estado e recolocar o Zimbabué no grupo dos países democráticos do mundo.
Tsvangirai colocou uma pressão quase insuportável sobre a Comissão Eleitoral Zimbabueana e rejeitou em absoluto a possibilidade de negociar com o presidente Robert Mugabe qualquer acordo de partilha do poder ou de renúncia do chefe de Estado.
A Comissão Eleitoral - que desde o fecho das urnas na noite de sábado, apenas divulgou cerca de dois terços dos resultados das legislativas, do senado e poderes locais - tem sido acusada por muitos de estar a atrasar a contagem e divulgação dos resultados para dar tempo ao regime de os viciar e está sob enorme pressão para anunciar o vencedor da corrida presidencial, que é, afinal, a mais importante delas todas.
Tsvangirai insistiu que aguardará pacientemente os resultados finais apurados pela Comissão, a quem reconheceu o papel mais importante em todo o processo, dizendo que por isso as suas palavras não constituem uma declaração de vitória.
Referindo-se à enorme tensão que se apoderou do eleitorado e à sua sede de mudança, o presidente do MDC optou por assumir uma postura de estado, dominada pela moderação e pela cautela, reafirmando que não defende o recurso à violência para forçar a aceleração do trabalho da Comissão e, eventualmente, o termo da "era Mugabe".
"Depois das eleições de 29 de Março, o Zimbabué nunca mais será o mesmo", disse Tsvangirai, saudando o eleitorado pelos sacrifícios feitos ao longo de muitos anos, sob o regime da ZANU-PF de Robert Mugabe.
Quando questionado se os números apurados pelo seu movimento lhe dão uma vitória à pimeira volta (mais de cinquenta por cento dos votos) ou o forçarão a uma segunda volta com o seu rival político, o líder do MDC respondeu que a sua vitória é "final e corresponde aos requisitos da lei eleitoral".
O líder da oposição declarou-se satisfeito por os números até agora apurados pela Comissão Eleitoral corresponderem na globalidade aos apurados pelo Movimento, o que constitui uma prova de confiança naqueles que têm a responsabilidade de manter o processo à prova de fraude.
Fonte da agência Lusa garante que Tsvangirai tem estado sob forte pressão dos seus colegas de partido e de alguns governos ocidentais para "colocar o povo nas ruas", com risco de cargas policiais e anarquia, como forma de pressionar a Comissão Eleitoral a divulgar os resultados das presidenciais e apressar a capitulação do presidente da República.
A via escolhida pelo candidato presidencial, salientam observadores locais, revela uma grande maturidade do homem que poderá suceder a Robert Mugabe na presidência do Estado e recolocar o Zimbabué no grupo dos países democráticos do mundo.