Autor: Lusa/AO Online
“Se contarmos os votos legais vencemos facilmente, mas se contarmos os votos ilegais poderão tentar roubar-nos as eleições”, disse o chefe de Estado norte-americano, em conferência de imprensa na Casa Branca, em Washington.
Trump referiu inúmeras vezes que estava a ser 'roubado' e que havia tentativas do partido democrata de adulterar a contagem dos boletins de voto para impedir a vitória republicana.
Contudo, durante o discurso Trump não apresentou quaisquer evidências que sustentassem as acusações que fez.
O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) terminou a conferência de imprensa e abandonou o púlpito sem intenção de responder às questões que os jornalistas estavam a tentar fazer.
Durante o discurso de pouco mais de 15 minutos, Donald Trump culpabilizou elementos democratas envolvidos na contagem dos boletins de voto por correspondência pela alegada fraude eleitoral, mas não apresentou exemplos concretos para corroborar a acusação.
“Os funcionários democratas nunca acreditaram que poderiam vencer estas eleições”, acrescentou o republicano.
Trump disse que tem como objetivo “defender a integridade” do sufrágio contra o que apelidou de ser a “corrupta máquina democrata” no Michigan e Pensilvânia.
Estes estados são considerados importantíssimos, uma vez que uma vitória do candidato democrata, Joe Biden, poderá ditar o fim da corrida à Casa Branca e a derrota do atual Presidente.
De acordo com as últimas projeções de vários órgãos de comunicação social, como, por exemplo, a CNN, Biden deverá vencer no Michigan.
Trump continua a liderar na Pensilvânia, mas, nas últimas horas, a margem entre ambos diminuiu substancialmente.
O Presidente disse ainda que apoiantes dos republicanos estão a ser impedidos de verificar a integridade da contagem dos votos nos estados cujo resultado deverá pender para os democratas e onde a candidatura de Trump já ameaçou interpor ações judiciais.
A magistrada Cynthia Stephens rejeitou na quinta-feira a ação judicial interposta para suspender a contagem de votos no Michigan.
Na Geórgia, segundo a CNN, o The Guardian e o The New York Times, Trump e Biden estão separados por apenas 0,1%.
Em Wilmington, no Delaware, o candidato democrata apelou à calma até ao final da contagem dos votos.