Trump dá instruções à sua equipa para iniciar transição de poder para Biden
EUA/Eleições
24 de nov. de 2020, 11:26
— Lusa/AO Online
“No melhor interesse
do nosso país, recomendei a Emily [Murphy, responsável da Administração
dos Serviços Gerais dos EUA] e à sua equipa para fazerem o que tem de
ser feito em relação aos protocolos inicias [de transição de
administrações], e disse à minha equipa para fazer o mesmo”, escreveu
Trump na rede social Twitter, ao final da noite de segunda-feira.Contudo,
o ainda chefe de Estado norte-americano não admitiu a derrota nas
presidenciais e considerou, no mesmo 'tweet' que o ainda há hipóteses de
reverter os resultados eleitorais. “O nosso caso continua fortemente, vamos manter a boa luta e acredito que vamos prevalecer”, explicitou Donald Trump.Trump
ficou conhecido pela utilização do Twitter para tecer considerações
políticas, fazer anúncios sobre entradas e saídas de elementos do
executivo e ainda tomadas de posição em relação a assuntos relacionadas
com a geopolítica internacional. A rede
social foi novamente a 'arma de arremesso' utilizada para declarar a
vitória desde que foram conhecidas as primeiras projeções de vários
órgãos de comunicação social (CNN, The New York Times, entre outros)
sobre os resultados dass eleições, que apontavam para a vitória de Joe
Biden.À medida que vários estados,
principalmente aqueles que Biden conseguiu 'virar' e que são de 'grande
peso' dentro do Colégio Eleitoral, como, por exemplo, a Geórgia e a
Pensilvânia, anunciavam a vitória do democrata, a candidatura de Trump
intensificava as alegações nunca comprovadas de fraude eleitoral.Também
na segunda-feira, a Administração de Serviços Gerais dos Estados Unidos
apurou hoje que o Biden é o “aparente vencedor” das eleições
presidenciais, e 'abriu caminho' para a transição formal que estava a
ser bloqueada pela administração Trump.Esta
informação foi avançada pela Associated Press (AP), que cita uma fonte
oficial, e dá conta de que Emily Murphy determinou que Biden é o
vencedor das eleições, apesar de o republicano Donald Trump continuar a
rejeitar reconhecer a derrota.Desde a
primeira-dama dos Estados Unidos da América (EUA), Melania Trump, aos
apoiantes do Presidente e ainda o advogado de Trump, Rudolph Giuliani,
foram várias as vozes que tentaram fazer eco das acusações de fraude
eleitoral. As acusações começaram por ter
como base os votos das pessoas que tinham votado antecipadamente e por
correspondência. A candidatura de Trump alegava que apenas os votos de
pessoas que tinham ido votar no dia 03 de novembro eram "legais" e que
os restantes não poderiam ser considerados. Contudo, estas três
modalidades de voto estão contempladas na legislação norte-americana.Seguiram-se
outras teorias, como, por exemplo, a de que oficiais eleitorais
democratas estavam a impedir a presença de republicanos nas mesas de
voto, para controlar a enviesar os resultados.Contudo,
todas as acusações carecem de sustentação, de acordo com as atoridades
estaduais e diversos tribunais que recusaram processos judiciais de
Trump por falta de provas.