Trump condena como "ato de pura maldade" tiroteio em Las Vegas
2 de out. de 2017, 16:23
— Lusa/AO online
"Estamos unidos hoje na nossa tristeza, comoção e
luto", disse o Presidente dos EUA, numa declaração a partir da Casa
Branca, em Washington. O ataque, reivindicado pelo grupo
extremista Estado Islâmico (EI), ocorreu durante um concerto de música
'country' que decorria num espaço ao ar livre junto a um casino de Las
Vegas, e a que assistiam mais de 40 mil pessoas. A agência de propaganda do EI, Amaq, assegurou num comunicado que o autor do tiroteio é "um soldado do Estado Islâmico". No seu discurso, Trump não se pronunciou sobre esta reivindicação. O
Presidente norte-americano elogiou a resposta rápida das equipas de
socorro, que disse terem evitado mais perdas de vidas, com quem se
pretende encontrar na quarta-feira. Na mesma deslocação, o chefe
de Estado norte-americano também pretende encontrar-se com familiares
das vítimas, a quem transmitiu hoje as suas condolências: "Não podemos
imaginar a sua perda". Numa declaração com muitas referências a Deus, Trump disse: "Estamos a rezar por vocês. Estamos aqui para vocês". Para honrar as vítimas do ataque, Donald Trump anunciou ter ordenado que as bandeiras fiquem a meia haste. Na
decisão hoje emitida, Trump refere que os EUA estão "de coração
partido" e define as bandeiras na Casa Branca, edifícios públicos,
postos militares, estações navais, navios e embaixadas, fiquem a meia
haste até ao fim do dia de sexta-feira. O Presidente deixou um apelo à união dos norte-americanos. "A
nossa união não pode ser despedaçada pelo mal, os nossos laços não
podem ser quebrados pela violência", defendeu, acrescentando: "É o nosso
amor que nos define hoje". O autor dos disparos, que foi abatido pela polícia, foi identificado como Stephen Paddock, um habitante da cidade de 64 anos. Testemunhas
relatam que na parte final do concerto do músico Jason Aldean
ouviram-se "disparos de armas automáticas" e que muitas pessoas que se
encontravam no local fugiram para a cave do edifício vizinho ao recinto
do concerto. O atirador encontrava-se no 32.º andar do
hotel-casino Mandalay Bay, perto do local onde decorria o festival.
Várias armas foram encontradas no quarto que o suspeito ocupava. As autoridades já localizaram a sua companheira, que era procurada pela polícia. Segundo
a agência Associated Press, este foi o tiroteio mais mortífero da
história moderna dos Estados Unidos da América, ultrapassando o número
de vítimas do ataque numa discoteca de Orlando, em junho de 2016, que
fez 49 mortes.