Trump admite perdoar insurgentes do ataque ao Capitólio caso volta a ser Presidente dos EUA
31 de jan. de 2022, 13:04
— Lusa/AO Online
"Se eu concorrer e
se eu ganhar, trataremos as pessoas com justiça", disse o empresário
republicano no sábado num comício em Conroe, Texas, continuando hoje na
mesma linha de raciocínio: “E se for necessário perdão, dar-lhes-emos
perdões, porque são tratados de forma tão injusta".Desde
o ataque ao Capitólio, mais de 725 pessoas – incluindo membros dos
grupos de extrema-direita Proud Boys, Oath Keepers e Three Percenters –
foram detidas e acusadas pelo seu envolvimento na investida sem
precedentes, na qual morreram cinco pessoas. Enquanto
os representantes de diversos estados norte-americanos certificavam a
vitória de Joe Biden nas presidenciais de novembro de 2020, apesar dos
protestos do seu opositor, apoiantes do candidato republicano irromperam
pelo edifício do Congresso, sob a mobilização das palavras de Trump.No
passado dia 13 de janeiro, o fundador do grupo de extrema-direita Oath
Keepers, Stewart Rhodes, de 56 anos, foi acusado de "sedição",
juntamente com dez outros membros da organização.Simultaneamente,
uma comissão parlamentar prossegue o seu trabalho, com vista a
esclarecer os acontecimentos desse dia e determinar se Donald Trump e a
sua comitiva foram responsáveis pelo ataque. Esta
comissão já intimou várias pessoas do círculo próximo do antigo
Presidente e até a sua filha, Ivanka Trump, foi chamada a testemunhar.Os
membros da comissão estão a tentar acelerar os trabalhos no sentido de
conseguirem publicar as suas conclusões antes das eleições intercalares,
em novembro deste ano, nas quais os republicanos esperam conseguir
recuperar a maioria no Congresso e no Senado e, assim, ajudar a travar a
governação sob a presidência de Joe Biden.