Tribunal de recurso concorda que Trump deve entregar declarações fiscais
4 de nov. de 2019, 17:23
— Lusa/AO online
O
Presidente dos EUA está a ser investigado pelo uso de fundos de
campanha eleitoral para comprar o silêncio de uma atriz pornográfica,
Stormy Daniels, e uma modelo, Karen McDougal, que afirmam ter tido
relações sexuais com Donald Trump, antes das eleições de 2016.Os
advogados do Presidente alegam que um Presidente em exercício não pode
ser investigado e prometem voltar a recorrer desta sentença, podendo a
questão ser levada até ao Supremo Tribunal de Justiça.A
decisão judicial concorda com uma primeira sentença de um tribunal de
Nova Iorque, que tinha dado razão a um pedido dos procuradores que
investigam os fundos de campanha de Donald Trump.Hoje
o juiz-chefe do segundo círculo de Nova Iorque, Robert Katzmann,
considerou o direito dos procuradores que conduzem a investigação a
aceder a dados do agora Presidente.“Defendemos
que qualquer imunidade presidencial de processos criminais não impede a
aplicação de tal intimação”, escreveu Katzmann, na sua sentença, dando
razão aos procuradores que justificam o pedido de acesso dizendo que se
refere a dados de atos comerciais e financeiros e não a atos oficiais do
Presidente.Esta investigação ocorre no
mesmo momento em que o Presidente está a ser sujeito a um inquérito para
destituição, no Congresso norte-americano, acusado de abuso no
exercício de poder, por ter pressionado o Presidente da Ucrânia,
Volodymyr Zelenskiy, a investigar a atividade junto de uma empresa
ucraniana do filho de Joe Biden, ex-vice-Presidente dos EUA e agora
rival político de Trump.