Em 19 de setembro o
antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes entregou mais de 12 mil
assinaturas no TC para iniciar o processo de formalização do novo
partido.Na sua página do Facebook, Santana Lopes publicou hoje uma nota em que refere que a Aliança “já é Partido”.“Tribunal Constitucional aprovou”, acrescenta ainda. No
início de agosto, Santana Lopes confirmou, em declarações ao jornal
‘online’ Observador, a saída do PSD ao fim de 40 anos de militância e a
intenção de formar um novo partido.“O
que constatei foi que o PSD gostava muito de ouvir os meus discursos,
mas ligava pouco às minhas ideias”, justificou, numa carta enviada aos
militantes.Em
20 de agosto, foi divulgada a declaração de princípios do partido, na
qual a Aliança afirma ter a sua matriz assente em “três eixos
fundamentais: personalismo, liberalismo e solidariedade”.Nessa mesma data, foi anunciado o início da recolha de assinaturas.A
declaração de princípios do partido Aliança defende menos Estado, menos
carga fiscal e mais alternativas (privadas) nas contribuições à
segurança social e no acesso à saúde, assumindo querer ser mais exigente
com a União Europeia. Como
“imperativo absoluto”, o partido elege a coesão territorial,
destacando-se a importância da “descentralização de entidades e serviços
de modo equitativo e planificado por todo o território nacional”.Em matéria de costumes, a Aliança diz rejeitar “as visões utilitaristas, materialistas e egoístas da vida humana”.No
sistema político, defende-se a criação de uma câmara alta no parlamento
(Senado), à semelhança do que existe em alguns países europeus, bem
como a introdução de círculos uninominais e a redução do número de
deputados.Em
declarações ao jornal Público, Santana Lopes afirmou que a Aliança vai
concorrer às europeias de maio, mas assegurou que não será candidato
nestas eleições. Sobre legislativas, disse, à SIC, que a ambição é
“lutar para ganhar” ao PS de António Costa.A Aliança torna-se assim a 23.ª formação política portuguesa.