Tribunal condena Ryanair/Crewlink a reintegrar tripulante
5 de ago. de 2020, 15:59
— Lusa/AO Online
A estrutura sindical "vem sublinhar a
favorável decisão da Justiça no caso do tripulante de cabine da
Crewlink/Ryanair, despedido na sequência da greve" do ano passado, lê-se
na mesma nota."Demonstra-se
assim que a razão está do lado dos tripulantes de cabine da
Crewlink/Ryanair e só a inércia das autoridades políticas portuguesas,
fazem com que a empresa irlandesa de baixos custos continue a atropelar
os direitos dos trabalhadores e a lei portuguesa", lamentou o sindicato.De
acordo com a SNPVAC "na sequência dos despedimentos ilícitos ocorridos
após a greve de agosto de 2019, o Tribunal de Trabalho da Comarca dos
Açores, condenou a Ryanair por despedimento ilícito, e consequente
reintegração do tripulante, pagamento das retribuições vencidas desde a
presente data até ao trânsito em julgado da sentença com respetivos
juros de demora, bem como o pagamento de todos os subsídios de férias e
subsídio de Natal vencidos nos anos de 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019".Contactada pela Lusa, a companhia aérea irlandesa adiantou que iria recorrer desta decisão, sem fazer mais comentários. No
mesmo comunicado, Ricardo Penarroias, da direção do SNPVAC afirmou que o
sindicato "teve conhecimento que os tripulantes da base do Porto, à
imagem do que já tinha acontecido na Base de Lisboa e Ponta
Delgada, estão a receber cartas para uma passagem para a Ryanair, sendo
uma forma ilícita da empresa para pressionar os associados em aceitar
condições inqualificáveis", referiu.Essas
condições passam por "receber menos que o ordenado mínimo nacional
ilíquido, transferência para outras bases sem qualquer compensação
financeira e abdicar dos seus créditos laborais anteriores à assinatura
do contrato, o que beneficiará a empresa em vários milhões", disse o
mesmo responsável.O SNPVAC solicitou à Câmara do Porto uma audiência "para denunciar esta situação, aguardando ainda reposta desta entidade".