Tribunal britânico diz que emigrantes podem ficar mesmo sem atualizar estatuto
22 de dez. de 2022, 12:04
— Lusa/AO Online
De acordo com o
jornal britânico 'The Guardian', que cita a decisão do tribunal, os
emigrantes que foram para o Reino Unido depois do 'Brexit' não podem ser
impedidos de permanecer no país mesmo que não tenham pedido uma nova
autorização de residência, uma vez que a eliminação do direito de
residência só pode ser feita em circunstâncias muito especiais.De
acordo com o juiz do Supremo Tribunal britânico, o estipulado no acordo
que regula a saída do Reino Unido da União Europeia tem uma “lei
errada”, uma vez que “pretende revogar o direito de residência
permanente”, que só pode ser perdido em circunstâncias muito especiais."A
perda de direitos porque alguém não se inscreveu para beneficiar de uma
melhoria no 'status' não está em nenhuma dessas circunstâncias",
escreveu o juiz responsável pela decisão, citado no Guardian.De
acordo com as regras que ainda vigoram no Ministério do Interior do
Reino Unido, desde a saída oficial da União Europeia, os emigrantes de
países europeus que se instalaram no país há menos de cinco anos ficaram
com um estatuto designado de ‘pré-settled status’, e caso não tenham
submetido desde então um novo pedido de residência, atualizando a sua
situação para ‘settled status’, perdem automaticamente o direito de
residir, trabalhar, arrendar casa ou ter acesso aos serviços públicos,
nomeadamente de saúde, salienta o jornal britânico.O Governo britânico já reagiu dizendo que não concorda com a interpretação da lei e que irá recorrer da decisão.