Tribunal aprova contas da Presidência da República e pede reforço da segurança em Belém
29 de out. de 2018, 18:39
— Lusa/AO Online
No
relatório de auditoria financeira ao exercício de 2017, divulgado esta segunda-feira, o
Tribunal de Contas recomenda à Presidência a adoção de medidas para
"assegurar um sistema eficaz de segurança, de vídeo vigilância, de
alarmes eletrónicos e de reforço de pessoal que assegure a preservação e
salvaguarda dos ativos de natureza cultural que integram o acervo
museológico e, bem assim, os que se encontram em todas as dependências
dos Palácios de Belém e da Cidadela".Entre
as quatro recomendações feitas contam-se também a atualização do
sistema de controlo interno, "de forma a abranger todos os serviços da
Presidência da República", e a implementação na secretaria-geral de um
sistema "que permita o controlo efetivo do trabalho realizado, incluindo
o pagamento de horas de trabalho suplementar".O
tribunal, presidido pelo juiz-conselheiro Vítor Caldeira, sugere ainda
"a indicação dos encargos anuais previsivelmente assumidos sempre que
ocorra a aprovação de procedimentos com encargos em mais de um ano
económico". Quanto
às contas de 2017, sublinha que "foram cumpridas as formalidades legais
relativas à receita e à despesa, cujas operações foram verificadas numa
base de amostragem"."O
Sistema Integrado de Apoio à Gestão da Administração Pública utilizado
operou de forma articulada com outros sistemas informáticos,
evidenciando melhorias tendentes a aumentar a sua eficácia e foram
elaborados os instrumentos de gestão apropriados", acrescenta.
As operações examinadas em matéria de remunerações do pessoal "não
evidenciaram erros de conformidade legal ou regulamentar ou de cálculo" e
"constatou-se que a Secretaria-Geral da Presidência da República, no
sentido de maior adequação com o estabelecido no Código dos Contratos
Públicos, já procedeu à abertura de concursos públicos", é referido no
relatório. O
tribunal declara ter constatado "a ausência de normas relativas à
extinção de Gabinetes de ex-Presidentes da República" e defende "a
necessidade de atualização de inventário" desses gabinetes.