Treze casos da Ómicron em Portugal não são exclusivamente jogadores
Covid-19
29 de nov. de 2021, 10:31
— Lusa/AO Online
Em declarações à rádio TSF, Graça Freitas adiantou que, "tratando-se
de uma nova variante", vão avançar com "uma identificação mais alargada
dos contactos e proceder ao seu isolamento".
Segundo a diretora-geral da Saúde, essas pessoas vão ser submetidas a
um plano de testagem muito rigoroso, com o objetivo de quebrar cadeias
de transmissão. "Tratando-se de uma nova variante, temos de apertar a malha", sublinhou.
Questionada sobre o plano que está a ser feito para conter a
propagação desta nova variante, explicou que autoridades de saúde fazem a
vigilância epidemiológica, o isolamento dos contactos e a testagem
desses contactos. “O INSA [Instituto
Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge] fará o trabalho de identificar o
vírus e saber se [os casos] pertencem ou não à nova variante e,
portanto. estão estas duas frentes a trabalhar ativamente”, disse.“Há
um isolamento mais proativo, mais intenso e uma testagem também mais
intensa dos contactos e, portanto, isso é o plano que está neste momento
a ser feito e é o que nós podemos fazer”, vincou.Graça
Freitas reiterou ainda o apelo às pessoas que tenham viajado da África
Austral ou de países em que haja a variante que automonitorizem os seus
sintomas e que entrem em contacto com o SNS 24.Em
relação às autoridades de saúde pediu para “mais uma vez” estarem
“muito atentos” nos inquéritos epidemiológicos a possíveis ligações
epidemiológicas dos casos que encontram e a outros casos que possam ter
viajado para sítios onde a variante está a circular ou se os próprios
casos vieram de outros locais.Alertou
ainda que “os vírus circulam e se esta variante tiver muita competência,
por ser uma variante muito transmissível, vai instalar-se vai
propagar-se por todo o mundo”.“Temos que
estar continuamente alerta porque de facto a pandemia não acabou e estas
variantes podem surgir em qualquer sítio, sobretudo, em sítios que
estão pouco vacinados porque há a possibilidade de isso acontecer e a
possibilidade de uma variante se propagar, como disse a Organização
Mundial da Saúde, para todo o mundo rapidamente”, salientou. Questionada sobre se o jogo devia ter sido adiado, afirmou que não é uma competência das autoridades da saúde.“O
que acontece em termos de desporto não é da nossa competência,
portanto, será de competência dos clubes da Liga, do que for, mas não é
da competência da Saúde que isso fique absolutamente claro”, esclareceu
Graça Freitas.À saúde, rematou, “compete
identificar doentes, isolar os doentes, procurar os seus contactos,
estratificar o risco desses contactos (…) isso é nosso papel e depois às
entidades desportivas compete, enfim. planear a parte desportiva do
plantel que resta”.O INSA identificou em Portugal 13 casos da Ómicron, a nova variante do coronavírus, foi hoje anunciado.