Três linhas de apoio social na Cultura abertas a partir de hoje
3 de ago. de 2020, 11:43
— Lusa/AO Online
Estas três linhas financeiras fazem parte do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), aprovado em junho.A
linha de apoio social destina-se a técnicos, artistas, autores e outros
profissionais, que tenham solicitado ou recebido apoio extraordinário
da Segurança Social enquanto trabalhadores independentes, e que se
candidatam a um máximo de 1.316,43 euros.Os
requerentes que forem aceites nesta linha de apoio terão de descontar o
apoio extraordinário de 219 euros que receberam da Segurança Social em
abril e em maio. O que significa que, em vez de um máximo de 1.316,43
euros, receberão 877 euros.Este apoio será pago em duas prestações em agosto e em setembro.Embora
o documento do PEES indique que esta linha de apoio social tem uma
dotação de 34,3 milhões de euros, a informação disponibilizada pelo
Ministério da Cultura indica a existência de 30 milhões de euros, porque
aquele outro montante é o teto máximo de apoio.Este
apoio social está disponível para 18.000 beneficiários, mas a ministra
da Cultura, Graça Fonseca, admitiu que o universo de abrangidos poderá
vir a ser maior.Há ainda uma linha de
financiamento, de três milhões de euros, para entidades artísticas
profissionais retomarem atividade e para fazer face a prejuízos causados
pela paralisação do setor, com a pandemia da covid-19.A
estes junta-se ainda uma linha de financiamento, de 750 mil euros, para
que teatros, cineteatros e auditórios culturais se adaptem às
recomendações impostas em contexto de pandemia. Cada requerente terá
acesso a um máximo de dois mil euros.De
acordo com o Ministério da Cultura, todos os requerentes podem aceder a
estes apoios a partir de hoje na página oficial do PEES (pees.gov.pt) ou
no portal da Cultura (culturaportugal.gov.pt).Esta
semana serão ainda divulgadas as condições de acesso aos 8,5 milhões de
euros de reforço orçamental do Instituto do Cinema e Audiovisual
(ICA), retirados do saldo de gerência, também para responder às
necessidades dos trabalhadores desta área.Quanto
à linha de financiamento à programação em rede, no valor de 30 milhões
de euros, que se destina a parcerias entre entidades artísticas e
municípios, está aberta desde julho.Na
semana passada, depois de detalhar algumas das condições de acesso a
todos estes apoios - que totalizam 70 milhões de euros - e questionada
pela agência Lusa, Graça Fonseca não se comprometeu em prolongar este
apoio extraordinário depois de setembro e durante o inverno, tendo em
conta uma possível nova paralisação da atividade cultural, caso haja um
aumento de casos de infeção da covid-19.“O que virá no inverno não sabemos, não posso antecipar cenários”, disse.