Três lanchas rápidas chegam aos Açores até ao final do ano
11 de set. de 2017, 07:17
— Lusa/AO Online
“As
lanchas estão quase prontas e no último trimestre deste ano virão para a
região autónoma”, afirmou aos jornalistas Silva Ribeiro, após ser
recebido pelo presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro,
em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.Em dezembro, o
secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, anunciou
que os Açores iriam passar a contar com três lanchas rápidas e um novo
salva-vidas."Tencionamos atribuir ao arquipélago dos Açores o
primeiro salva-vidas de grande capacidade, ‘Vigilante 21’, que estará
concluído na indústria nacional, no Arsenal do Alfeite, no final de
2018", explicou então Marcos Perestrello, adiantando que, no início de
2017, "entrarão em funções três novas lanchas ao serviço da Autoridade
Marítima nos Açores".O chefe do Estado-Maior da Armada esclareceu
hoje que foi necessário “abrir o concurso público com requisitos mais
complexos e isso é que levou ao atraso do processo de adjudicação e de
construção das lanchas”.O almirante Silva Ribeiro adiantou que na
audiência informou Vasco Cordeiro “sobre as novas alterações que vão
ocorrer” nos Açores em matéria de “capacidades da Marinha e da
Autoridade Marítima”, de que apontou as três lanchas para as ilhas de
São Jorge, Terceira e Flores.“Também falámos no processo de
finalização das corvetas que serão substituídas durante o ano de 2018
pelas patrulhas da classe ‘Viana do Castelo’ e do reforço que irá
decorrer da construção de um salva-vidas da classe ‘Vigilante’ que virá
para o grupo central [ilhas do Pico, São Jorge, Terceira, Graciosa e
Faial]”, referiu, esclarecendo ter sido igualmente abordado, entre
outros temas, o reforço de meios humanos, sobretudo da Polícia Marítima.Questionado
sobre quantos novos elementos poderão chegar aos Açores, Silva Ribeiro
salientou que “depende daquilo que forem as admissões permitidas pelo
Governo”.“Há fortes restrições na entrada de efetivos para os
diferentes corpos do Estado. Este ano tivemos a possibilidade de fazer
um curso com 20 agentes, alguns desses agentes virão reforçar os
Açores”, garantiu, explicando que “a grande prioridade é a Horta, fruto
da atividade no grupo central”, e Ponta Delgada, principal porto dos
Açores.Sobre o sistema “Costa Segura”, o almirante sublinhou o
“esforço de montar mais radares e câmaras”, que terminará na região em
2018, “permitindo a cobertura total das águas territoriais”.O
presidente do executivo açoriano considerou uma “boa notícia” para a
Região Autónoma dos Açores o reforço de meios e equipamentos, recursos
humanos e do projeto “Costa Segura”.“Vem na sequência de várias
insistências da parte do Governo Regional, mas que demonstra, também,
que quer da parte política, nomeadamente ao nível do Governo da
República, quer em concreto da parte da Marinha, há esta resposta a
essas solicitações”, declarou Vasco Cordeiro.O “Costa Segura” é
um sistema de fiscalização que vai permitir monitorizar, mesmo a partir
de terra, todas as zonas costeiras do país. O sistema de fiscalização
recorre a equipamentos de radar, câmaras óticas térmicas e rádios VHF
para monitorizar as embarcações ao largo da costa, em tempo real, com o
objetivo de melhorar as ações de patrulhamento, busca e salvamento
marítimo.