Três freiras italianas brutalmente assassinadas no Burundi

8 de set. de 2014, 20:15 — LUSA/AO online

A polícia anunciou que duas freiras católicas, uma com 83 e outra com 75 anos, foram apunhaladas até à morte no domingo à tarde, tendo uma delas sido agredida com uma pedra no rosto. Às primeiras horas de hoje, outra freira, de 79 anos, no mesmo convento foi morta, tendo sido espancada e a cabeça arrancada. “Após a descoberta de duas freiras que foram brutalmente assassinadas, foi encontrado o corpo decapitado de uma terceira freira”, disse o responsável da polícia, Godefroid Bizimana, à agência de notícias France Presse. O papa Francisco já transmitiu as suas condolências. “O Santo Padre suplica ao Senhor que receba no seu reino de paz e luz estas três freiras fiéis e devotas”, afirmou numa declaração, acrescentando que, como consolo, lhes envia, “com todo o coração”, uma “afetuosa bendição apostólica”. De acordo com a diocese de Parma, na Itália, as religiosas foram assassinadas durante uma tentativa de assalto fracassada por uma pessoa com problemas mentais. No entanto, a polícia do Burundi disse que o motivo não era claro, assinalando que não houve roubo de dinheiro. O porta-voz da polícia indicou que as três mulheres foram violadas. Duas outras religiosas, uma ruandesa e outra congolesa, encontravam-se no mesmo convento, mas não se aperceberam de nada. A polícia, que deteve três pessoas para interrogatório, já identificou um homem jovem como suspeito das duas primeiras mortes e está a tentar esclarecer as circunstâncias do terceiro homicídio, que admite ter sido realizado por um cúmplice que se tivesse escondido no convento. O vice-presidente do Burundi, Prosper Bazombanza, transmitiu que o governo está “chocado com esta barbaridade” e prometeu que a polícia irá fazer tudo para prender os assassinos. A ministra dos Negócios Estrangeiros italiana, Federica Mogherini, também já condenou os ataques. “Mais uma vez observamos o sacrifício de pessoas que, num compromisso total, dedicaram as suas vidas a aliviar o sofrimento que ainda existe no continente africano”, disse.