O tribunal condenou ainda
Pedro Fernandes a dois anos e três meses de prisão e Lenate Inácio a
dois anos, ambos com pena suspensa.Nas
alegações finais do julgamento, a 07 de maio de 2021, a procuradora
Isabel Lima pediu a condenação de cinco dos 19 arguidos a penas de
prisão entre dois e 10 anos. Um dos cinco
arguidos visados era, precisamente, Ricardo Rodrigues, por considerar
que cometeu abuso de autoridade com ofensa à integridade física, com
perigo de vida, pedindo ao tribunal que este militar fosse punido com
pena de prisão até 10 anos.Quanto ao
diretor da "prova zero", o tenente-coronel Mário Maia foi absolvido,
depois de o Ministério Público (MP) ter pedido a sua condenação a uma
pena de dois anos de prisão (suspensa por igual período). O
mesmo sucedeu com o médico Miguel Domingues, acusado de abuso de
autoridade com ofensa à integridade física, que foi absolvido quando a
procuradora tinha pedido uma condenação a cinco anos de prisão, passível
de ser suspensa na execução.Já os restantes 14 arguidos do processo foram todos absolvidos.No
final da leitura do acórdão, o MP pediu a prorrogação do prazo para
recurso de 30 para 60 dias, invocando a excecional complexidade do
processo.Dylan da Silva e Hugo Abreu, à
data dos factos com 20 anos, morreram e outros instruendos sofreram
lesões graves e tiveram de ser internados no decurso da “prova zero”.Oito
oficiais, oito sargentos e três praças, todos dos Comandos, a maioria
instrutores, foram acusados de abuso de autoridade por ofensa à
integridade física. Segundo a acusação, os arguidos atuaram com
“manifesto desprezo pelas consequências gravosas que provocaram nos
ofendidos”.