Treinador do Arouca quer conquistar primeira vitória fora na visita ao Santa Clara
1ª Liga
3 de dez. de 2021, 15:51
— Lusa/AO Online
Na conferência de
imprensa de antevisão à deslocação aos Açores, Armando Evangelista
abordou o momento positivo dos arouquenses – sem derrotas há quatro
jogos (dois empates e duas vitórias) –, contrastando com o
lanterna-vermelha, que não vence para o campeonato desde 29 de agosto.“Andamos
atrás da primeira vitória fora. Temos de ter em consideração que vamos
defrontar uma equipa que esta época participou numa competição europeia,
mexeu no plantel, mas não de forma muito profunda para retirar valor ao
que tinham o ano passado. Tem um treinador recente, primeira vez que
assume uma equipa principal e quer demonstrar as ambições e conhecimento
adquirido”, afirmou, referindo-se ao trabalho de Nuno Campos como
adjunto de Paulo Fonseca.Ainda sobre o
adversário, Armando Evangelista recordou o “bom resultado” da última
jornada – empate do Santa Clara no terreno do Estoril (2-2) –, algo que,
somado aos fatores anteriores faz antever um “jogo difícil”, mas
garantiu que o Arouca está preparado para graus de dificuldade elevados.Relativamente
à ausência de Morita nos açorianos devido à Covid-19 e ao impacto da
pandemia na competição, o ‘timoneiro’ arouquense disse que a doença “vai
continuar a ser uma preocupação” porque é uma questão de “saúde
pública” que requer “uma adaptação constante”.“É
uma fase de descoberta e novidade para todos e isso, enquanto cidadão –
não treinador –, preocupa. Os jogadores têm vindo a diluir a
preocupação face ao tempo que estamos a conviver com isto. Já passamos
por alguns casos internamente e foram-se resolvendo, não sentiram
verdadeiramente o problema e começam a desvalorizar aos poucos, uns mais
do que outros”, indicou.De regresso às
quatro linhas, o técnico confessou que o seu grupo de trabalho lhe tem
dado “muitas dores de cabeça” e daí as novidades apresentadas no último
jogo, nomeadamente o guarda-redes Norbert e o defesa Campi.“[Os
jogadores] sabem que se os que estão a ter minutos facilitarem, há quem
esteja à espera. Estes tiveram a oportunidade, provavelmente, vão
continuar a merecer porque deram uma resposta dentro do que esperava,
mas têm que continuar a prová-lo constantemente. O grupo está tão
competitivo que há muita gente à espera de minutos e com sede de dar o
contributo”, explicou.Outra dor de cabeça é
a escolha de avançado: André Silva cumpriu castigo na última jornada e
está de regresso, mas encontra a oposição do palestiniano Odday Dabbagh,
que marcou e assistiu na última jornada, ainda com o brasileiro Antony
na ‘calha’, depois de ter ‘saltado’ do banco para dar a vitória no
último encontro, na estreia pelo clube.“Tenho
uma decisão tomada, não vou dizer qual é. É uma boa dor de cabeça poder
contar com três jogadores que jogam na frente, têm feito golos e estão
motivados para tal. É importante e positivo para o grupo e clube. São
três jogadores muito versáteis, o André e o Antony podem jogar por fora,
é uma das soluções que estamos sempre a equacionar, mas não na equipa
inicial porque os extremos [Bukia e Arsénio] têm tido bom rendimento”,
finalizou.Ainda com Yaw Moses, Sema
Velázquez e Fernando Castro de fora, o Arouca, nono classificado, com 13
pontos, desloca-se ao terreno do Santa Clara, 18.º e último
classificado, com sete pontos, em partida da 13.ª jornada, a ser
disputada no domingo, às 14h30 (hora dos Açores), com arbitragem de
António Nobre, da Associação de Leiria.