Travessias ilegais das fronteiras da UE até outubro crescem quase 70% face a 2020
Migrações
23 de nov. de 2021, 17:17
— Lusa/AO Online
Segundo os dados
da Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras
Externas (Frontex), nos primeiros dez meses de 2021, a maior subida foi
registada na fronteira terrestre oriental (na Polónia e nos países
bálticos) com a Bielorrússia: 1444%, para as 8.000 passagens ilegais.O
pico de passagens ilegais na fronteira da UE com a Bielorrússia
registou-se em julho (3.200), tendo recuado com o reforço das medidas de
controlo até às 600 em outubro. A rota
dos Balcãs Ocidentais (que atravessa nomeadamente a Macedónia e a Sérvia
e países da UE como a Croácia e a Eslovénia e por onde entram
maioritariamente sírios, afegãos e ainda marroquinos) cresceu 140% face a
2020 e 810% na comparação com o ano anterior, para as 48.500 travessias
irregulares.A terceira maior subida
registou-se, entre janeiro e outubro, na rota do Mediterrâneo Central
(que sai da Tunísia, Argélia e da Líbia em direção a Itália e a Malta),
para as 55 mil passagens, um acréscimo de 85% face a 2020 e de 186% em
comparação com 2019.A rota da África
Ocidental (em direção ao arquipélago espanhol das Canárias) registou um
aumento de 46% face a 2020 e de 1020% em comparação com 2019, para um
total de 16.710.Já a rota do Mediterrâneo
Ocidental (de Marrocos para Espanha) cresceu 14% e 23%, em relação a
2020 e a 2019, para as 16.390 travessias ilegais.A
única rota que, nos primeiros dez meses do ano, apresentou um recuo foi
a do Mediterrâneo Oriental, da Turquia para a Grécia, menos 11% face a
2020 e menos 76% na comparação com 2019, para as 15.770 travessias
irregulares.