Autor: Lusa/AO Online
O transporte de viaturas é uma das novidades introduzidas nas ligações marítimas entre as três ilhas com a entrada em funcionamento, na sexta-feira e no sábado, dos navios "Mestre Simão" e "Gilberto Mariano", construídos num estaleiro espanhol.
Até agora, as embarcações que operavam entre as ilhas do Faial, Pico e São Jorge permitiam apenas o transporte de passageiros (cerca de 400 mil por ano).
Os dois novos ferries têm dimensões exteriores semelhantes, um pode transportar até 344 passageiros e oito viaturas e o outro 287 passageiros e 12 viaturas.
De acordo com o novo tarifário, o transporte de um motociclo custará 14 euros entre Faial e Pico e 19 euros entre Faial e S. Jorge, para ambos os lados. Uma carrinha de nove lugares pagará 53 euros entre o Faial e o Pico e 77 euros se for para São Jorge.
Os preços, publicados no site da Transmaçor (a empresa pública que irá operar os novos navios) são inferiores aos praticados pelas empresas de transporte marítimo de mercadorias.
Esta era uma das exigências de uma recomendação do PCP aprovada na passada semana na Assembleia Legislativa dos Açores, por unanimidade, que defendia a introdução de tarifas "tendencialmente" inferiores às atualmente praticadas.
O novo tarifário de viaturas oferece ainda preços mais acessíveis para as empresas, que poderão transportar viaturas ligeiras de mercadorias entre Faial e Pico por 31 euros, e entre o Faial e S. Jorge por 45 euros, ida e volta.
As tarifas de passageiros mantêm-se inalteradas: 3,40 euros por passageiro entre a Horta (Faial) e a vila da Madalena, no Pico (para cada lado); 12,10 euros entre Horta e São Roque do Pico e 15,10 euros entre Horta e Velas (São Jorge).
A 12 de fevereiro, no parlamento açoriano, o secretário regional dos Transportes, Vítor Fraga, garantiu que as tarifas a aplicar ao novo transporte marítimo de viaturas e carga no triângulo pretendem ser uma "alavanca" para o desenvolvimento económico das ilhas.
Segundo Vítor Fraga, os tarifários pretendem ser um "fator motivador" para que as empresas do triângulo "usem este meio colocado à sua disponibilidade para desenvolver o seu negócio" e destacou que os empresários passarão a ver crescer os seus mercados potenciais de 10 mil para 40 mil consumidores.