Transitários estimam que greve nos portos tenha impacto de entre 100 e 150 ME por dia
6 de jan. de 2023, 17:42
— Lusa/AO Online
Assim, “a APAT apela
a que se chegue a um entendimento o mais rapidamente possível, pois
para além dos prejuízos causados diretamente às nossas empresas e às
pessoas, causa igualmente prejuízos à imagem de Portugal e dos portos
portugueses”, referiu.De acordo com a
associação, “ainda que não seja possível afirmar com elevado grau de
certeza, estimamos que uma greve com estas características e dimensão
poderá ter um impacto no comércio internacional de cerca de 100 a 150
milhões de euros/dia no país”.A APAT
destacou que, “depois de acontecimentos demasiadamente penalizantes para
todos, desde a covid-19, a guerra, a inflação e o preço da energia”,
entende que o setor não deve “ser a adição para eventuais crises
sociais, causadas por falta de produtos de primeira necessidade e ainda
mais razões para mais subidas de preços”.“Oportunamente
percebemos que cadeias logísticas bem oleadas e agilizadas são
fundamentais para crescimento, sustentabilidade ambiental, social e
económica, e se somos todos parte da cadeia logística, todos devemos ter
o entendimento necessário da importância que temos no processo e todos
temos de ter um posicionamento mais conciliador”, defendeu.“Se
o direito à greve é um direito dos trabalhadores e que compreendemos,
também entendemos que temos o direito de apelar ao bom senso de todos os
intervenientes neste processo, desde os trabalhadores, das
administrações portuárias e da tutela”, rematou a APAT.O
Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias
(SNTAP) convocou uma greve de vários dias, que começou em 22 de dezembro
e se prolonga até 30 de janeiro e abrange os portos do continente,
Madeira e Açores.