Tráfego postal cai 5,1% mas receitas aumentam para 649 ME em 2017
23 de mai. de 2018, 15:39
— Lusa/ AO online
A
Anacom justifica, em nota esta quarta-feira divulgada com os resultados do relatório
estatístico do quarto trimestre de 2017, que a redução verificada no
ano passado se deve à “substituição da utilização das comunicações
postais por comunicações eletrónicas”.De acordo com a Anacom, esta é “uma realidade a que se assiste desde 2013 e que regista uma quebra acumulada de 15,9%”.Porém,
apesar desta tendência, verificou-se um “comportamento positivo” do
tráfego internacional de entrada, que aumentou 6,5% em 2017.Ainda
assim, este tipo de tráfego só representou 5% no tráfego postal total
no ano passado, nota o regulador das telecomunicações.No
que toca às encomendas, representaram 5,1% do tráfego total em 2017,
mais 0,2 pontos percentuais do que no ano anterior, ao registarem um
acréscimo de 3,1% (em parte devido ao tráfego internacional de entrada
de encomendas, devido ao desenvolvimento do comércio eletrónico).A
Anacom aponta que, entre 2013 e 2017, “as encomendas postais registaram
um crescimento acumulado de 28,2%, subindo, em média, 6,4% ao ano”.Neste
período, a empresa Correios de Portugal (CTT) detinha uma quota de
92,2% do tráfego total, à qual acresciam 68 prestadores de serviço com
uma participação de 7,8% neste mercado.“Desde 2013, os CTT reduziram a sua quota em 2,5 pontos percentuais”, salienta a Anacom.Relativamente
às receitas geradas por estes prestadores de serviços postais, subiram
1,7% face a 2016 para 649 milhões de euros, a maior parte devido às
correspondências (67,3%), seguindo-se as encomendas (25,8%).Por
objeto, a receita média, sem contar com o tráfego de entrada, aumentou
7,1% face a 2016 para 0,83 euros, o que “se deve ao aumento de preços
promovido pelos CTT em 04 de abril de 2017, pelo valor máximo permitido,
e à evolução das receitas de outro prestador”, precisa a Anacom.Nas encomendas, a receita média era de 4,23 euros em 2017, mais 4,7% do que em 2016. Quanto
ao número de pontos de acesso à rede, subiu 0,9% no ano passado,
“sobretudo pelo aumento de 9,2% do número de pontos de acesso de outros
prestadores que não os CTT”, justifica a Anacom, referindo que, ainda
assim, esta empresa reforçou em 0,2% o total destes pontos de acesso,
"cumprindo os critérios de densidade de rede em vigor.“Em
consequência do aumento do número de pontos de acesso à rede, a
cobertura postal (14,9 pontos de acesso por 100 quilómetros quadrados) e
a densidade postal (749 habitantes por ponto de acesso) melhoraram”,
conclui a Anacom.