Trabalhadores dos CTT em greve geral no dia 05 de julho
12 de jun. de 2019, 16:59
— Lusa/AO Online
Em declarações à
Agência Lusa, Victor Narciso considerou que a situação que vivem
atualmente os trabalhadores dos CTT é “muito grave” e, por isso, o
sindicato decidiu avançar com a realização de uma greve geral como
medida de protesto.Entre as
reivindicações, Victor Narciso destacou a contratação de pessoal, uma
vez que a escassez de mão-de-obra tem como consequência a sobrecarga dos
trabalhadores.“Os trabalhadores das
distribuições estão a fazer dobras (o dobro do trabalho)” e, neste
momento, “muitos trabalhadores estão de baixa”, nalguns casos baixas
psiquiátricas, devido ao excesso de trabalho e às pressões sofridas
quando não conseguem terminar o serviço que lhes é atribuído,
acrescentou aquele dirigente sindical.O
encerramento de estações de correios é também alvo de protesto por parte
do SNTCT. Segundo Victor Narciso, o próximo posto a fechar será o da
freguesia da Venda Nova, no concelho da Amadora, e “ainda vão fechar
mais”.Hoje, o SNTCT entregou uma petição na Assembleia da República que reivindica a profissão de desgaste rápido para os carteiros.O
secretário-geral do SNTCT, esclareceu à Lusa que esta petição conta com
5.200 assinaturas e que a ideia inicial era entregá-la mais tarde,
porém, dada a “urgência” da matéria, o sindicato decidiu entregá-la na
Assembleia da República hoje.“É de facto
uma profissão com muita penosidade associada”, defendeu Victor Narciso,
apontando o “grande grau de sinistralidade” a que os carteiros estão
sujeitos, o tempo passado a andar a pé e as doenças que poderão ser
consideradas profissionais como algumas das razões para esta exigência.