Os trabalhadores contestam os baixos
salários auferidos e os horários de trabalho “instáveis e desregulados”
no setor que não garantem a conciliação da atividade profissional com a
vida pessoal e familiar. “Devido à falta de trabalhadores nas
diversas secções, os ritmos de trabalho são muito intensos e põem em
causa, de forma grave, a saúde dos trabalhadores e a qualidade de
serviço. Além disso, as empresas não valorizam o trabalho prestado ao
fim de semana”, afirma em comunicado o Sindicato dos Trabalhadores das
Indústrias Transformadoras, Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio,
Escritórios e Serviços, Hotelaria e Turismo dos Açores
(SITACEHT/Açores). De acordo com este sindicato, são “cada vez mais
os trabalhadores efetivos a demitir-se nos super e hipermercados da ilha
Terceira e a mudar de profissão e de setor de atividade”.Face a
estas dificuldades, o SITACEHT/Açores e os trabalhadores exigem um
contrato coletivo de trabalho que assegure, entre outras coisas, a
valorização das carreiras e das profissões e a reposição dos valores
pagos por trabalho suplementar.