Trabalhadores de misericórdias nos Açores em greve seis dias até final do ano
7 de nov. de 2018, 09:39
— Lusa/AO Online
De
acordo com o pré-aviso de greve, enviado às redações pelo SINTAP –
Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública, é referido que
esta abarca todos os trabalhadores "independentemente da natureza do
vínculo, cargo, função ou setor de atividade" dentro das misericórdias
do arquipélago.Dirigindo-se
ao Governo dos Açores, ao presidente da união regional das
misericórdias e a todas as misericórdias açorianas, o SINTAP pede
aumentos salariais e o "respeito pelo princípio da atualização anual dos
salários e matérias de natureza pecuniária"."Durante
a greve, o SINTAP e os trabalhadores das misericórdias dos Açores
comprometem-se a assegurar a prestação de serviços mínimos", refere
ainda o comunicado do sindicato.Aos
jornalistas, o SINTAP dos Açores fez hoje também chegar um caderno
reivindicativo para 2019, onde é referido que "os trabalhadores da
Administração Pública" regional, bem como os trabalhadores das
IPSS/Misericórdias locais, "continuam a ser penalizados nos seus
rendimentos em virtude dos congelamentos anuais das progressões,
promoções e aumentos salariais havidos sucessivamente desde 2010".E
prossegue a nota: “Retomar, pois, os aumentos anuais dos salários dos
trabalhadores em funções públicas e dos trabalhadores das
IPSS/Misericórdias que permitam recuperar os respetivos rendimentos
constituirá uma prioridade reivindicativa do SINTAP nos próximos anos".Ainda
neste campo, é lembrado que em 2018 se conseguiu aumentos salariais de
1% para os trabalhadores das IPSS, "o mesmo já não acontecendo com as
misericórdias, por abandono das negociações, pelo que neste particular, e
por uma questão de equidade e de justiça, o SINTAP defende a extensão
destes aumentos aos trabalhadores das misericórdias dos Açores e a
abertura de processos negociais com vista à defesa de aumentos salariais
para 2019".O
aumento da remuneração complementar é outra das medidas defendidas pelo
sindicato: "Continuamos a defender a necessidade urgente de se proceder à
revisão e atualização desta remuneração, inalterada desde 2012,
reivindicando o SINTAP um esforço de atualização superior a 10%", refere
a estrutura.Um
acordo coletivo de trabalho com os hospitais de Ponta Delgada, Horta e
Angra do Heroísmo, a regularização de vínculos precários em áreas como a
educação ou a saúde e o desagravamento da carga fiscal na região são
outras medidas elencadas pelo sindicato como necessárias em 2019.