Autor: Lusa/AO online
“Foram estabelecidos como principais objetivos a conclusão do processo relativo aos 417 postos de trabalho, impedir as transferências de serviços e emprego, e a necessidade de ser criado um fundo de garantia social para pagamento de salários até atingir as condições de pensão extraordinária em caso de nova redução laboral”, salientou a nova comissão, num comunicado de imprensa divulgado hoje.
Os eleitos definem também como prioridades “concluir o processo reivindicativo para a criação de um programa de segurança e saúde no trabalho e correção das tabelas salariais”, bem como promover o diálogo entre os trabalhadores e a comissão, para ir de encontro às preocupações e expetativas da força laboral.
A Comissão Representativa dos Trabalhadores (CRT) das Feusaçores (forças norte-americanas destacadas nas Lajes) esteve inativa durante oito anos, mas foi reativada, em 2012, na sequência do anúncio da administração norte-americana de reduzir o efetivo militar na base das Lajes, na ilha Terceira, nos Açores.
Entre setembro de 2015 e setembro de 2016, a força laboral portuguesa na base foi reduzida praticamente a metade, passando de cerca de 800 funcionários para pouco mais de 400.
Cerca de 450 trabalhadores assinaram rescisões por mútuo acordo, com direito a indemnização e reforma antecipada, mas a administração norte-americana comprometeu-se a manter 417 vagas, contratando novos trabalhadores.
Atualmente, trabalham na base das Lajes 407 portugueses, estando o efetivo militar reduzido ao número anunciado em 2012 (entre 160 e 170).
As eleições para a CRT foram disputadas por duas listas, tendo vencido a lista B, liderada por Diana Sousa, com 87% dos votos. O mandato terá uma duração de dois anos.
A anterior comissão, liderada por Luís Moniz, tinha sido eleita há cerca um ano, mas a saída de alguns membros, por motivos pessoais e de saúde, obrigou à realização de eleições antecipadas.
A votação, que decorreu na quarta e na quinta-feira, contou com uma afluência às urnas de 79% dos trabalhadores.
A nova comissão, que deverá tomar posse dentro de 10 dias, é composta ainda por Orlando Fontes, Almerindo Ázera, Sandra Areias, Ana Areias, Nuno Nunes, Mário Lourenço e Sandra Meneses.
“A
CRT apresenta-se com a noção da elevada responsabilidade que é a de
representar a maior contrapartida açoriana desta relação bilateral que
são os postos de trabalho e o seu enorme contributo para a economia
local e regional”, salientaram, em comunicado de imprensa.