Trabalhadores das IPSS em greve no dia 22 pela negociação de contrato coletivo
17 de jan. de 2025, 12:46
— Lusa/AO Online
Em
comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e
Serviços de Portugal (CESP) adianta que foi convocada uma concentração
para o mesmo dia junto à sede da Confederação Nacional das Instituições
de Solidariedade (CNIS), no Porto, que tem justificado o adiamento com
“atrasos do Governo nos protocolos de cooperação” com as IPSS.Além
da “urgente negociação” do CCT, os trabalhadores exigem a valorização
das suas carreiras e profissões, um “aumento significativo dos
salários”, bem como 35 horas de trabalho semanal, o direito à
conciliação dos horários de trabalho com a vida familiar e o fim da
discriminação salarial dos educadores de infância em creche.“Não
podemos aceitar a desvalorização do nosso trabalho, nem fazê-lo com
horários desregulados e sobrecarregados”, dizem, acrescentando que “a
CNIS e o Governo têm de assumir as suas responsabilidades e investir nos
trabalhadores das IPSS”.Assinalam
desempenhar um “papel essencial no apoio às populações mais vulneráveis
da nossa sociedade”, lamentando que em 2025 trabalhadores com mais de 20
anos de antiguidade recebam “pouco mais do que o salário mínimo
nacional” e que a falta de pessoal obrigue a que “um trabalhador faça o
trabalho de dois”.Alertam que os “horários precários e longos se refletem diretamente nos cuidados prestados”.A
greve é convocada pelas federações dos Sindicatos do Comércio e
Serviços (Fepces), dos Professores (Fenprof) e dos Sindicatos da
Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht), assim
como pelos sindicatos dos Enfermeiros Portugueses (SEP), dos
Profissionais de Farmácia e Paramédicos (Sifap), dos Fisioterapeutas
Portugueses (SFP) e dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e
Segurança Social (STSSSS).