Trabalhadores da CP iniciam hoje greve com 190 comboios nos serviços mínimos
24 de dez. de 2018, 10:59
— Lusa/AO Online
A paralisação foi
convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante
(SFRCI) e pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração
Ferroviária (ASCEF), que contestam o “incumprimento do acordado com o
Governo, em setembro de 2017, referente ao recrutamento de 88
trabalhadores operacionais […] da área comercial itinerante e para as
bilheteiras da CP".As
duas estruturas afirmam também que o executivo e CP estão em
"incumprimento para com os trabalhadores" que representam na negociação
da contratação coletiva desde 01 de outubro deste ano, referindo que
“têm realizado várias iniciativas e apelos junto da empresa e do Governo
para que o processo negocial fosse concretizado, não tendo até ao
momento obtido qualquer respostas às propostas do Acordo de Empresa e
regulamento de carreiras apresentadas".Conforme
anunciado na sexta-feira, os serviços mínimos da greve dos
trabalhadores da CP incluem a circulação de quase 190 comboios, nos
serviços urbanos de Lisboa, nos urbanos do Porto, na Linha de Cascais e
na Linha de Setúbal. Segundo
a decisão divulgada, na paralisação convocada pelo SFRCI e pela ASCEF,
nos comboios urbanos do Porto a CP determinará os serviços mínimos, “em
obediência aos seguintes critérios”: “na família Guimarães: três
comboios em cada sentido”.“Família
Braga: seis comboios em sentido ascendente e quatro em sentido
descendente; Família Caíde: seis comboios em cada sentido” e na
circulação em relação a Aveiro terão que existir 11 comboios em cada
sentido, determinou o tribunal.Em
relação aos urbanos de Lisboa, haverá em relação à Azambuja oitos
comboios, em Castanheira do Ribatejo sete em sentido ascendente e oito
em sentido descendente, enquanto entre Sintra e Alverca devem existir em
cinco comboios.Para
Sintra-Lisboa Oriente devem circular 13 comboios em cada sentido e
entre Lisboa Rossio e Meleças quatro comboios em cada sentido. Já entre
Sintra e Lisboa Rossio deverão existir oito comboios em cada sentido.Na
Linha de Cascais foi determinada a existência de 15 comboios no sentido
Cais do Sodré-Cascais e 16 no sentido oposto, enquanto na “família
Oeiras” ficaram determinados oito comboios em cada sentido.Na Linha do Sado devem circular sete comboios em cada sentido.Na
base da definição dos serviços públicos está a duração de “dia e meio
e, considerando especialmente a época natalícia em que ocorrerá”.O
tribunal referiu ainda haver “meios alternativos de transporte com
aptidão à satisfação de necessidades sociais impreteríveis”, de acesso a
cuidados de saúde e serviços de segurança, pelo que não acedeu à
solicitação de circulação “nos termos amplos dos serviços mínimos
propostos” pela CP.No
passado dia 18, a CP – Comboios de Portugal alertou para “fortes
perturbações” na circulação de comboios nos dias 24 e 25 de dezembro,
véspera e dia de Natal, devido a greve anunciada por duas estruturas.Em
comunicado, a empresa referiu, na altura, que “por motivo de greve
[...] preveem-se supressões de comboios, a nível nacional, em todos os
serviços nos dias 24 e 25 de dezembro”.A transportadora estima também perturbações na circulação dos comboios no dia 26 de dezembro.