Trabalhadores da Atlânticoline manifestam-se em frente ao parlamento dos Açores
8 de mar. de 2022, 14:59
— Lusa/AO Online
“Nós
temos toda a vontade em resolver esta situação! Isto já cansa todas as
partes envolvidas, causa desconforto às pessoas que utilizam os navios
da Atlânticoline e, portanto, nós achamos que está na altura de os
políticos também se envolverem”, apelou Clarimundo Batista, do Sindicato
da Marinha Mercante, em declarações aos jornalistas, no exterior do
parlamento.Para
o dirigente sindical, os sucessivos pré-avisos de greve decretados
desde dezembro de 2021, resultam, em grande parte, do volume de horas
extraordinárias imposto pela administração da empresa a cada um dos
trabalhadores, que o sindicato considera ser “ilegal”.“Aquilo
que há no Acordo da Empresa é um contrato que limita às 200 horas
[extraordinárias] anuais, mas é isso que diz a lei, e nós, para irmos ao
encontro daquilo que a empresa diz, era fazer uma ilegalidade e nós não
patrocinamos ilegalidades”, insistiu Clarimundo Batista.O
representante nos Açores do Sindicato da Marinha Mercante acusa também a
administração da Atlânticoline, entretanto remodelada, de não ter
vontade de resolver o conflito laboral com os trabalhadores, adiantando
que, se a greve tivesse ocorrido no verão (altura de maior movimento de
passageiros), o problema já estaria resolvido.“Atualmente
estamos aqui porque é inverno porque, se fosse verão, com as outras
viagens para a Terceira, para a Graciosa e para São Jorge, ou seja, o
horário sazonal, claro que a empresa não mantinha esta situação”,
insistiu.A
Atlânticoline, que assegura o transporte marítimo de passageiros e
viaturas, durante todo o ano, entre as ilhas do Triângulo (Faial, Pico e
São Jorge), movimenta anualmente mais de meio milhão de pessoas.