Todos os partidos pedem baixa à comissão sem votação dos projetos sobre teletrabalho
5 de mai. de 2021, 17:45
— Lusa/AO Online
O plenário da
Assembleia da República discutiu, na generalidade, 10 projetos
de lei que regulamentam o teletrabalho, um agendamento potestativo que
partiu do BE, tendo PS, PSD, PCP, CDS-PP, PAN, PEV e a deputada não
inscrita Cristina Rodrigues arrastado as suas iniciativas sobre
teletrabalho e direito a desligar para o debate.De
acordo com informação confirmada pela agência Lusa, todos os
proponentes entregaram um requerimento à mesa da Assembleia da República
durante o debate a pedir que as iniciativas legislativas desçam
diretamente para a especialidade, não sendo assim votadas na
generalidade.A baixa à comissão competente
será por um período de 60 dias, podendo assim todas as iniciativas
legislativas ficar “em cima da mesa” para o processo legislativo.Entre
as propostas, identificam-se convergências na necessidade de a opção
pelo teletrabalho depender de acordo com o trabalhador, de acautelar as
questões de privacidade, de prever que os acidentes que aconteçam em
casa, quando em teletrabalho, possam ser considerados acidentes de
trabalho e na garantia da igualdade de tratamento entre os trabalhadores
“à distância” e aqueles que estão presencialmente.Contudo,
há ainda muitos pontos divergentes entre as propostas dos partidos,
destacando-se o pagamento das despesas dos trabalhadores em teletrabalho
com a eletricidade, a água ou as telecomunicações.Se
todos os proponentes concordam com o princípio geral da necessidade de
compensar estas despesas, há diferenças claras quer na fórmula de
cálculo quer na garantia que a lei dará na obrigatoriedade do pagamento.