Tiago Mayan vê "bom sinal" nos inscritos para votar hoje

Presidenciais

17 de jan. de 2021, 21:04 — AO Online/ Lusa

“Espero que essas 250 mil pessoas se reflitam mesmo nas urnas e, assim sendo, será um bom sinal para o dia 24, mesmo dentro deste contexto muito difícil que sabemos que está a ocorrer”, afirmou, antes de uma corrida que teve como ponto de partida o Padrão dos Descobrimentos, na zona de Belém, Lisboa.Neste oitavo dia de campanha eleitoral, João Cotrim Figueiredo, presidente da IL e deputado único do partido no parlamento, juntou-se à corrida presidencial, um apoio realçado pelo candidato.“É claro, evidente, e sei que, pelo menos, já tenho um voto exercido hoje de manhã”, brincou Mayan, referindo-se ao voto antecipado nas presidenciais exercido por João Cotrim Figueiredo.Quanto ao resultado eleitoral, afirmou: “Veremos, hoje já há pessoas a votar, dia 24 saberemos o resultado e estou confiante”.Tiago Mayan Gonçalves recusou-se a apontar números do que seria para si um bom resultado.“Dentro do contexto do que serão estas eleições é muito difícil estarmos a fazer esse exercício, mas será, sem dúvida um sinal de crescendo”, frisou.João Cotrim Figueiredo votou cedo, antes da formação de filas na Cidade Universitária.“Tendo sido dos primeiros a votar naquela secção, não era justo fazer comentários sobre a forma como estava organizado. Tenho a certeza de que ao longo do dia iria tornar-se mais fluida toda a operação, que ainda estava um pouco confusa", afirmou o líder da IL.Tal como já tinha feito depois de exercer o seu direito de voto, João Cotrim Figueiredo reiterou que a “forma de convocar cidadãos para exercer o seu direito de voto tem de ser muito mais distribuída, muito mais diversificada” e frisou que não se pode “ficar preso a esta lógica de ter um único dia para votação presencial”Defendeu, por isso, o voto por correspondência e também eletrónico.“Tem que ser uma prioridade para que não tenhamos esse pretexto e essa desculpa para estamos sempre a falar de abstenções excessivas e falta de participação das pessoas”, referiu.Acrescentou ainda que as “pessoas querem participar, não pode é ser um sacrifício, uma coisa complicada”.“Não estou a dizer que foi esse o caso hoje, mas acho que pode ser muito mais simples e, sobretudo, mais apelativo”, apontou.Questionado sobre os níveis de abstenção previstos e algum receio das pessoas de irem votar, João Cotrim Figueiredo respondeu: “Nós chamamos a atenção para que, quando se tenta fazer com que as pessoas se assustem perante determinada realidades em vez de as tratar como adultos e explicar-lhes quais são os reais riscos e de que forma se podem efetivamente proteger, corre-se o risco de termos uma reação mais emocional do que racional relativamente a um problema que é sério e o qual não desvalorizamos”.Na sua opinião, “se vier a haver um nível de abstenção anormalmente alto, muito alto, é obvio que o clima emocional que se criou à volta do combate à pandemia não terá ajudado”.As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.A campanha eleitoral termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).Depois da experiência de 2019, o voto antecipado em mobilidade alargou-se este ano, das capitais do distrito para as sedes dos concelhos, e o objetivo é simples: evitar grandes concentrações de pessoas devido à epidemia de covid-19 no país.Na prática, a votação é distribuída, por dois dias, embora a esmagadora maioria vá votar no próximo domingo.