"Teste do Pezinho" revela maior quebra de nascimentos em Portugal
30 de dez. de 2021, 14:08
— Lusa/AO Online
Os dados do
PNRN, conhecido como “teste do pezinho”, indicam que nos primeiros onze
meses deste ano nasceram 72.316 crianças, menos 6.058 face ao período
homólogo de 2021 (78.374). De
acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor
Ricardo Jorge (INSA), o maior número de bebés rastreados observou-se nos
distritos de Lisboa e do Porto, com 21.485 e 13.435 testes efetuados,
respetivamente, seguidos de Setúbal (5.425) e Braga (5.322). Por outro lado, Bragança (466), Portalegre (533) e Guarda (576) foram os distritos com menos recém-nascidos analisados.O
Programa Nacional de Rastreio Neonatal, coordenado pelo INSA através da
sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do
Departamento de Genética Humana, realiza desde 1979 testes a algumas
doenças graves em todos os recém-nascidos. O
painel das doenças rastreadas é constituído por 26 patologias:
hipotiroidismo congénito, fibrose quística e 24 doenças hereditárias do
metabolismo.O
exame consiste na recolha de gotículas de sangue no pé dos
recém-nascidos para permitir diagnosticar as doenças, que clinicamente
são difíceis de identificar nas primeiras semanas de vida, e que mais
tarde podem provocar deficiência mental, alterações neurológicas graves,
alterações hepáticas ou até situações de coma, refere o INSA.O
exame deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia de vida do
recém-nascido, porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores
existentes do sangue do bebé podem não ter valor de diagnóstico, e após o
sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade, havendo o risco de
atrasar o início do tratamento.Todos
os casos positivos são posteriormente encaminhados para a rede de
Centros de Tratamento, sediados em instituições hospitalares de
referência.