"Tem de haver regras e estímulos efetivos" para cumprir indicadores de qualidade dos CTT
9 de jun. de 2020, 17:51
— Lusa/AO Online
João Cadete de Matos falava na
comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação,
no âmbito de uma audição regimental, a que se seguirá uma outra sobre a
concorrência no setor das telecomunicações e consequências na
implementação do 5G (quinta geração), a requerimento do Bloco de
Esquerda (BE).Relativamente aos correios
nos Açores, João Cadete de Matos afirmou que "não pode haver nenhuma
justificação aceitável para que os Açores não tenham um bom serviço de
correio" e que essa é uma das razões para que a "desagregação dos
indicadores de qualidade se mantenha".Referiu
que os indicadores reportados pelos CTT relativos a 2019 são “bastante
negativos em relação ao desempenho do correio para os Açores e para a
Madeira".João Cadete de Matos disse que "a
situação é particularmente preocupante" e que os indicadores de
qualidade são "objetivos que não são irrealísticos".Salientou que os objetivos de indicadores de qualidade dos correios "têm paralelo" e são "compatíveis com a realidade".O
presidente da Anacom considerou ainda que "tem de haver regras e
estímulos efetivos para cumprimento dos indicadores de qualidade de
serviços" dos correios, no próximo contrato.Manifestando
preocupação face à qualidade dos serviços postais, Cadete de Matos
sublinhou que o regulador tem feito "recomendações" ao Governo e
entende que "a Anacom veja mantida a capacidade de intervenção nesta
matéria".Os CTT têm a concessão do serviço postal universal, que termina no final do ano.