Técnicos Superiores de Diagnóstico querem 1,5 pontos por ano de serviço
6 de out. de 2020, 10:30
— Carolina Moreira
Os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) reivindicam,
numa carta aberta, o descongelamento da carreira com a atribuição de um
mínimo de 1,5 pontos por ano de serviço, a “correta” distribuição dos
profissionais pelas três categorias e a contagem integral dos anos de
serviço para quem se encontra em contrato individual de trabalho.Recorde-se
que, no passado dia 29 de setembro, a secretária regional da Saúde,
Teresa Luciano, anunciou o reconhecimento do tempo de serviço prestado
entre 2007 e 2018 a todos os contratados dos hospitais que tenham 10 ou
mais anos de serviço, nos quais se incluem os TSDT, através da
atribuição a cada trabalhador de um ponto por cada ano de trabalho.Numa
carta aberta, os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica
demonstram a sua insatisfação com o anúncio do Governo Regional,
ressalvando que “outras carreiras de licenciados na saúde recebem 1,5
pontos ou mais”.“Sentiram os TSDT’s açorianos a esperança de, pelo
exercício da autonomia, ser tratados com equidade à semelhança do que
aconteceu com outras profissões na Região Autónoma dos Açores, como é o
caso dos professores, de forma justa. Para nossa surpresa, além de nos
ser negada essa equidade, vemos agravadas as injustiças que nos tinham
sido aplicadas, conseguindo o Governo dos Açores ser ainda mais lesivo
dos direitos destes profissionais”, ressalvam.Os técnicos superiores
de diagnóstico e terapêutica recordam ainda que o PS chumbou na
Assembleia Legislativa Regional, no passado dia 8 de setembro, a
proposta do CDS pela defesa dos direitos destes trabalhadores, não tendo
apresentado “um único motivo credível para justificar a sua posição”.“Nesse
dia, o PS reiterou uma injustiça gritante contra 380 profissionais que
se esforçam diariamente por cuidar de quem precisa”, afirmam.Segundo
estes trabalhadores, a secretária regional da Saúde “ignora os
profissionais que permanecem à sua espera e só lhes responde contrariada
e em ataque, referindo que deviam estar satisfeitos por lhes serem
pagos retroativos devidos desde janeiro de 2019. Aplaudir esta medida
seria o mesmo que aplaudir o multibanco quando nos entrega dinheiro”,
frisam.Por estes motivos, os técnicos superiores de diagnóstico e
terapêutica reivindicam “respeito” e realçam sentir “claramente a
opressão sobre uma carreira de 380 profissionais dos Açores que,
civicamente, procuram fazer-se ouvir”, pode ler-se na carta aberta.