Técnicos de Reinserção e Serviços Prisionais em greve às horas extraordinárias

13 de ago. de 2024, 10:03 — Nuno Martins Neves/Lusa

O Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais iniciou às 00h00 de ontem uma greve às horas extraordinárias até 31 de dezembro, extensível aos estabelecimentos prisionais na Região Autónoma dos Açores.O sindicato tem também marcada uma paralisação total em 13 e 14 de setembro, com uma vigília frente ao palácio de Belém.O presidente do Sindicado dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (SINDGRSP), Miguel Gonçalves, disse à agência Lusa que a vigília terá uma duração de 16 horas, precisamente o número de anos que aguardam pela renovação das carreiras.De acordo com o sindicalista, a greve em 13 e 14 de setembro, com garantia dos serviços mínimos, e a vigília frente ao palácio de Belém servem para mostrar ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, os problemas que vivem estes técnicos e que “a reinserção social dos reclusos não pode ser só um chavão”.A greve às horas extraordinárias começou às 00h00 de ontem e termina às 23h59 de 31 de dezembro e engloba os Trabalhadores das Carreiras Técnicas da Direção-Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais, Técnicos Profissionais de Reinserção Social (TPRS) e Técnicos Superiores (TS).Miguel Gonçalves afirma que esta greve “implica para as entidades destinatárias o proceder à reprogramação dos serviços prestados pelos trabalhadores das carreiras não revistas, TPRS, TSRS, TSR e revistas de TS a desempenhar estas funções na Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais”.Os motivos da greve prendem-se com a revisão e valorização salarial das carreiras em 2024 (numa Carreira Única Especial) e pelo pagamento dos suplementos (de ónus; risco e penosidade) a todos os trabalhadores.O sindicato garante que durante a greve ao trabalho extraordinário “a segurança e manutenção do equipamento e instalações são asseguradas no âmbito dos serviços mínimos, sempre que tal se justifique”.