Técnicos de operações aeroportuárias da Aerogare Civil das Lajes suspendem greve
24 de jan. de 2020, 18:29
— Lusa/AO Online
“Suspendemos
a greve. Perante este desfecho não há razão para a manter”, avançou
hoje em declarações à Lusa o delegado do Sindicato dos Trabalhadores da
Administração Pública e Entidades com Fins Públicos (SINTAP), Amílcar
Martins.Os cinco técnicos de operações
aeroportuárias no quadro da Aerogare Civil das Lajes, que já tinham
feito greve às horas extraordinárias (entre as 21:00 e as 07:00) no mês
de dezembro, reivindicavam a revisão da carreira e o reforço do efetivo,
alegando que deviam estar nove pessoas no quadro.Ao
contrário do que acontece nos aeroportos de Ponta Delgada (São Miguel),
Santa Maria, Horta (Faial) e Flores, nos Açores, geridos pela ANA -
Aeroportos de Portugal, a Aerogare Civil das Lajes, na ilha Terceira,
tem gestão pública.O executivo açoriano
revelou hoje que tinha aprovado uma proposta de decreto legislativo
regional que revê o regime jurídico da carreira de técnico de operações
aeroportuárias da Aerogare Civil das Lajes, que "tem em conta o
interesse público regional decorrente da necessidade de recrutar de
forma célere os profissionais mais qualificados necessários à eficiência
das operações aeroportuárias".O diploma,
aprovado em Conselho de Governo tido na ilha de São Jorge, na
quinta-feira, "foi objeto de negociação com o sindicato representativo
dos trabalhadores, nos termos da lei, tendo-se obtido a sua expressa
concordância à revisão da carreira", segundo o secretário regional
Adjunto da Presidência para os Assuntos Parlamentares, Berto Messias. Questionado
pela Lusa, o delegado do SINTAP disse que “a negociação foi
bem-sucedida” e que foi possível “chegar a um consenso” de ambas as
partes.“Essencialmente, valorizaram-nos a
carreira, no sentido de evitar a desvalorização inicialmente proposta.
Alguns outros pormenores foram esclarecidos, nomeadamente, a questão da
qualificação e a questão que dizia respeito ao número a integrar a nova
carreira”, apontou.Com esta revisão será
possível, segundo Amílcar Martins, reforçar o número de técnicos de
operações aeroportuárias no quadro dos cinco atuais para nove. “Era,
de facto, o primeiro objetivo da reivindicação: o recrutamento de mais
pessoas. Com as pessoas que temos atualmente, com as tarefas que se
avizinham, somos, de facto, poucos e dada a idade avançada, em média,
dos trabalhadores realmente era uma necessidade que a curto prazo se
faria sentir”, frisou.