Técnicos auxiliares dos Açores pedem reunião com urgência à secretária da Saúde
5 de nov. de 2024, 19:10
— Lusa
“Em
pleno outubro, o HDES não liquidou a sua dívida com os seus
trabalhadores, que continuam a se desdobrar para colmatar todos os
turnos que existem, entre o HDES, CUF e Clínica Bom Jesus”, refere o
sindicato em nota de imprensa.O
SITAS/Açores sustenta a sua acusação numa nota interna que o maior
hospital de Ponta Delgada enviou em resposta a um pedido um
esclarecimento feito pelo sindicato, em 17 de outubro.Na
"reunião com urgência" que pediu à secretária regional da Saúde, Mónica
Seidi, o sindicato pretende debater a aplicação da carreira dos
técnicos auxiliares de saúde nos Açores, a par da “falta de pagamento,
por parte do HDES, do subsídio compensatório de deslocação” e os
contratos covid-19.“Não pode esse
sindicato compactuar, com as sucessivas falhas, que todo o sistema de
saúde regional está a ter com os técnicos auxiliares de saúde nos
Açores, desde a sua carreira, que por força legislativa, já deveria
estar em vigor desde janeiro de 2024”, afirma o SITAS/Açores.Acrescem
as “falsas promessas dadas pelo Governo Regional, de que os
trabalhadores ao abrigo dos contratos covid-19 iriam ser regularizados”,
segundo o sindicato.A estrutura
representativa ressalva ter questionado a secretária regional “de forma
direta e clara por ofício, em 24 de setembro de 2024”, mas “não falta de
surpresa, mantém-se em pleno silêncio, passado mais de um mês”.De
acordo com o SITAS/Açores, o Governo dos Açores “lançou no seu próprio
‘site’ a regularização em 18 de outubro de 2023”, mas “até à presente
data, o processo não avançou, deixando esses tantos trabalhadores, em
instabilidade, e com um contrato precário”.O
SITAS/Açores já havia manifestado em agosto “profunda preocupação” com a
demora na implementação da carreira na Região Autónoma dos Açores e
pediu ao Governo Regional que cumpra com a legislação em vigor.Num
comunicado de imprensa assinado pelo dirigente do SITAS/Açores João
Mota, o sindicato exigiu que o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) cumpra
com a legislação em vigor e proceda, “de forma urgente”, à implementação
da carreira de técnico auxiliar de saúde na região.“Os trabalhadores da saúde merecem respeito e reconhecimento pelo seu trabalho essencial”, afirma. De
acordo com o sindicato, os técnicos auxiliares de saúde, “que
desempenham um papel fundamental na prestação de cuidados de saúde à
população açoriana, estão a ser penalizados financeiramente, com uma
perda mensal de 49,84 euros face ao salário base”.Além disso, a diferença nos valores das horas extraordinárias “também está a afetar negativamente os seus rendimentos”.