Taste Azores foi oportunidade para mostrar o melhor da Região
10 de out. de 2022, 09:58
— Mariana Lucas Furtado
O secretário regional das Finanças, Duarte Freitas, salienta que a
realização da Feira Taste Azores, no Centro Comercial Colombo, em
Lisboa, permitiu a existência de “uma relação próxima entre todos os
empresários presentes, que é bastante positiva e cria sinergias”. Em
declarações ao Açoriano Oriental, o governante destacou também a
importância “dos contactos que estabelecem não só com os consumidores
finais, mas com potenciais clientes intermédios para os consumidores
finais que existam no continente português”, acrescentando que “isto é
muito relevante e, de alguma forma, a presença da marca Açores no
Colombo já é um momento alto da promoção dos produtos dos Açores”.Os
vários produtores e empresas mostraram-se de acordo relativamente à
mais-valia da participação numa feira como a Taste Azores. Helena
Araújo, supervisora comercial da marca “Milhafre”, frisou que “a marca
tem participado sempre, desde que o evento começou”. O primeiro dia de
feira, coincidente com o feriado de 5 de outubro, foi um dia proveitoso
para as várias marcas representadas, na medida em que “por ser um dia
feriado e haver um grande jogo, tivemos uma grande oportunidade de
divulgar as nossas marcas e fazê-las chegar o mais longe possível”,
recordou Helena Araújo.À Feira Taste Azores, a marca “Milhafre”
trouxe a manteiga, “que foi o primeiro produto lançado em 1953”, e
vários tipos de queijo. A “Milhafre” trouxe ainda uma seleção de “leites
biológicos”, uma vez, que, como recorda Helena Araújo, “a Pronicol foi
pioneira nesta produção”.Na banca da “Boa Fruta”, a cargo de José
Dâmaso, era possível encontrar um dos mais emblemáticos produtos da
marca. “A Boa Fruta é produtora de Ananás dos Açores, logo naturalmente
trouxemos o ananás. Da nossa gama de transformados, trouxemos o licor e a
compota. Também trouxemos outras duas frutas, a banana e o maracujá dos
Açores, que cada vez mais começam a ganhar fama e a aproximar-se da
notoriedade do ananás dos Açores”, referiu José Dâmaso.Para o
produtor, “o Taste Azores permite chegar ao principal mercado do nosso
país, Lisboa, num dos principais centros de venda de produtos, e dar a
conhecer os produtos dos Açores. Permite-nos fazer a venda àqueles que
já os conhecem e estão com saudades, depois de nos visitarem, ou por
outra razão, terem gostado do ananás dos Açores”. “Acaba por se criar
aqui uma oportunidade de comunicação e de venda num ponto muito
movimentado”, acrescentou.“Apesar dos dois anos em que esteve
interrompido, o evento foi criando a sua fama, o seu renome, há muitas
pessoas que vêm aqui conhecendo o evento, outras estão aqui pela
primeira vez. A adesão está a ser muito boa”, concluiu o responsável
pela “Boa Fruta”.A representar o artesanato açoriano, além do CADA –
Centro de Artesanato e Design dos Açores, esteve Patrícia Skrzypietz
com a marca “VEGA”, uma marca “que está nos Açores há 15 anos com as
lojas”, e participa pela primeira vez nesta feira. “Como as nossas joias
são todas inspiradas nas ilhas, achámos importante mostrar como cada
peça nossa reflete a beleza através da inspiração nas paisagens”,
referiu Patrícia. Para a designer, as perspetivas de divulgação da
marca na feira eram “muito boas”, por ser num sítio que “atrai bastante
público”. “Mesmo nas redes sociais, estamos a aproveitar para divulgar, o
que vai complementar bastante a nossa publicidade com o nome da Vega”,
acrescentou.Da ilha Terceira veio a marca “Queijo Vaquinha”,
representada por Zita Cota. Zita referiu a importância da feira nas
vendas diretas ao público e para escoar produto: “Nós vimos muito a esta
feira, temos vindo todos os anos, só estivemos parados por causa do
Covid”, avançou. “É muito importante, porque conseguimos fazer venda
direta ao cliente, que é uma maneira de termos retorno das despesas ao
estarmos cá, como as viagens e estadia.”“Ao publicarmos nas redes
[sociais] que estamos cá, há muita gente que nos procura e vem cá
diretamente comprar o queijo”, afirmou, acrescentando, em tom de
brincadeira, que “é quase o «mercado da saudade»”.Madalena Melo, em
nome da Salsicharia Ideal, referiu que um evento como a Taste Azores “é
muito importante, porque nos dá visibilidade cá no continente”.
“Trouxemos o pé de torresmo e a pasta de chouriço, mas as pessoas têm
optado mais pelos patês e pela morcela”, assegurou. Para Madalena, no
final da Feira, “as expectativas são de vender tudo! E conseguir
arranjar mais clientes”.“É uma experiência muito gratificante termos
vindo cá, é uma grande oportunidade para as empresas açorianas
apresentarem os seus produtos, apresentarem o que de melhor se faz nos
Açores. Foi excelente, uma excelente iniciativa!”, referiu.Outra
marca representada na feira foi a Yoçor, em parceria com as marcas Rosa
Quental e Quintal dos Açores. Hugo Garcez Coelho referiu: “a Yoçor tem
cá os seus iogurtes e gelatinas, que tem vindo a promover a nível
nacional, e que tem capacidade produtiva que consegue abastecer
nacionalmente”.“Nós fazemos a distribuição de todos os produtos
açorianos com impacto, quer ao consumidor final, quer a retalhistas, que
depois vendem estes cabazes de produtos açorianos. Temos aqui desde o
vinho do Pico, da Graciosa, de São Miguel, da Terceira, temos também
alguns produtores de licores. Temos as compotas e licores do Celeiro da
Terra, os atuns da Corretora, a Casa do Portinho que é um espaço na
Terceira que trabalha o peixe em conserva de vidro, com uma qualidade
extraordinária. O queijo das Furnas, também trazemos cá como parceiro o
Vale Formoso, da Insulac; a própria Melo Abreu; Moaçor…”, enumerou.“Quando
chegarem os bolos-lêvedos da Rosa Quental, as pessoas vão vir aos
montes, porque, de facto, é um produto que se vende muito bem. E está
presente em vários pontos comerciais do país, portanto acaba por ser um
grande chamariz. Até agora está a correr muito bem”, constatou Hugo
Garcez Coelho.A feira Taste Azores foi também marcada pela atuação
da TUCA – Tuna Universitária Corsários dos Açores, no sábado à noite. O
grupo de jovens estudantes em Lisboa tocou temas como “Pezinho da Vila” e
“Ilhas de Bruma”. Tocou também originais como a “Mulher Branca”, e a
música tradicional da Terceira, “Os Bravos”.