TAP com plano de contingência para limitar "ao máximo impacto" da greve de motoristas
16 de abr. de 2019, 15:05
— Lusa/AO Online
"Apesar
de ser alheia à greve dos transportes de mercadorias perigosas, em
Portugal, a TAP elaborou um plano de contingência para, dentro das suas
possibilidades, limitar ao máximo o impacto desta greve nos voos e nos
clientes", disse fonte oficial da transportadora, quando questionada
pela Lusa. A mesma fonte admitiu que "até
ao momento a operação ainda decorre com normalidade", mas afirmou ter
"cancelado um voo (TP1907 Lisboa–Faro) devido à impossibilidade de
abastecimento" na cidade algarvia."A TAP
aguarda que esta situação se resolva com a maior celeridade possível por
parte dos intervenientes", acrescentou a fonte oficial da
transportadora.Também o ministro da
Economia disse há pouco que, até ao momento, não há notícias de
perturbação nos aeroportos por causa da greve dos motoristas, mas
alertou para que a situação pode mudar "nas próximas horas" caso não
sejam cumpridos os serviços mínimos. "Nos
aeroportos de Lisboa e de Faro, não tendo sido assegurado o
abastecimento, atingimos níveis críticos de reservas de combustível de
abastecimento dos aviões", afirmou Siza Vieira numa conferência de
imprensa realizada no Ministério da Administração Interna, em Lisboa,
acrescentando que, se não for retomado o abastecimento nas próximas
horas, o país pode "vir a ter perturbações das operações aéreas".Segundo explicou o governante, existem voos que estão a fazer escalas técnicas para abastecer noutros aeroportos."O nível de reserva [de combustível] é crítico", acrescentou o governante. Siza
Vieira adiantou ainda que também as unidades autónomas de gaseificação
de Faro e Olhão "precisam de abastecimento nas próximas horas para não
ser prejudicado o abastecimento à região do Algarve".Siza
Vieira garantiu que o Governo está a acompanhar a situação e a avaliar
em que medida será retomado o abastecimento "a estas infraestruturas
críticas" e também a estudar "alternativas" caso a situação venha a
piorar. O ministro afirmou que com a
requisição civil, que entrou hoje em vigor, os motoristas que estão de
escala ficam de imediato obrigados a cumprir os serviços mínimos. Em
causa está a greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, que
começou às 00h00 de segunda-feira, convocada pelo Sindicato Nacional de
Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para
reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica, tendo
sido impugnados os serviços mínimos definidos pelo Governo.Entretanto,
a portaria que efetiva a requisição civil dos motoristas de matérias
perigosas foi hoje publicada em Diário da República e produz efeitos até
ao dia 15 de maio.