TAD mantém castigo a dirigente do Famalicão por assédio sexual e discriminação
1 de fev. de 2023, 12:56
— Lusa/AO Online
“O
Colégio Arbitral decide, por unanimidade, julgar improcedente, por não
provado, o pedido de revogação do acórdão que condenou o demandante e,
em consequência, manter a decisão recorrida na parte que condena o
demandante pela prática de duas infrações”, refere a decisão arbitral do
TAD, a que a agência Lusa teve acesso.Assim,
depois de analisado o recurso apresentado pelo dirigente do futebol
feminino do Famalicão, o TAD decidir manter a condenação imposta em
novembro do ano passado pelo CD da FPF de ano e meio de suspensão, por
três infrações muito graves, e 3.060 euros de multa.Segundo
o CD da FPF, Samuel Costa, que chegou ao Famalicão esta época, depois
de ter trabalhado o Vitória de Guimarães (2020/21) e no Valadares Gaia
(2021/22), “exercia autoridade relativamente às jogadoras” e “adotou
comportamentos ofensivos e discriminatórios em função da orientação
sexual, causando-lhes por essa via prejuízos também no plano da prática
desportiva”.O caso, que envolve também o
treinador de futebol feminino do Famalicão Miguel Afonso, remonta a
setembro, quando futebolistas que alinharam na equipa feminina do Rio
Ave em 2020/21 denunciaram ações de assédio sexual.Na sequência do processo instaurado pelo CD da FPF, Miguel Afonso foi suspenso por 35 meses e o diretor Samuel Costa por 18.