Autor: Lusa/Ao online
"Além do termo de identidade e residência, têm de se apresentar mensalmente no posto da área de residência e ficam ainda proibidos de contactar com os idosos e com os familiares desses idosos", disse à Lusa o capitão Luís Moreira, comandante do Destacamento Territorial da Covilhã.
As medidas de coação foram determinadas na sexta-feira ao fim do dia pelo Tribunal da Covilhã, distrito de Castelo Branco, onde os três alegados responsáveis (um casal e a filha) foram presentes ao primeiro interrogatório judicial.
Com 48, 46 e 19 anos, respetivamente, o homem e as duas mulheres estão indiciados pelo crime de maus-tratos e foram detidos na quinta-feira na sequência de operação desencadeada pela GNR e pelo Instituto de Segurança Social (GNR) e durante a qual o lar foi encerrado com "caráter de urgência".
Quatro das cinco idosas (todas mulheres) que residiam naquele espaço foram colocadas em instituições da região e a outra foi acolhida pela família, segundo informou a GNR em nota de imprensa.
Nesta ação, as autoridades também apreenderam duas armas (uma caçadeira e um revólver) que estavam no local, apesar de nenhum dos residentes ter licença de uso e porte de arma.
Na quinta-feira, em resposta escrita à agência Lusa, o Instituto de Segurança Social (ISS) também informou que este lar funcionava de forma ilegal, acolhia cinco idosos "em situação de risco iminente" e havia suspeitas de maus-tratos.
"O estabelecimento tinha a seu cargo cinco idosos, incluindo a mãe da proprietária, que se encontravam numa situação de perigo iminente", referiu o ISS.
O ISS esclareceu que o processo teve origem numa "denúncia anónima" e que a intervenção decorreu "da emissão de mandados de busca pelos serviços competentes do Ministério Público".
Segundo o referido, para esta ação também foi também "solicitada a colaboração da autoridade de saúde local para avaliação do estado de saúde dos utentes".